Enquanto antigos aliados viram as costas, líderes evangélicos permanecem de joelhos, em oração, por Jair Bolsonaro num inédito engajamento do segmento no 7 de Setembro.
“Não podemos ficar omissos nem sermos covardes neste momento crucial”, disse em vídeo o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, que puxou o movimento. “O povo brasileiro é o supremo poder, e Deus é o supremo juiz.”
Não que pastores tenham passado ao largo da data no passado. Em 2019, por exemplo, o bispo Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus) dividiu as atenções de Bolsonaro com o apresentador Silvio Santos no palanque montado em Brasília para autoridades assistirem ao desfile do Dia da Independência.
Parece outra era, e não só porque o presidente fez questão de andar abraçado com seu então ministro da Justiça, Sergio Moro, que logo cairia nas desgraças do chefe. Naquele ato, o último pré-pandemia, a popularidade de Bolsonaro ainda não havia se liquefeito, e a crise institucional era uma marolinha perto do tsunami que hoje se forma no Distrito Federal.
A diferença é que agora os evangélicos se alinham a Bolsonaro não para um evento oficial, como fez Edir Macedo dois anos atrás, mas para manifestações que prometem agravar o estresse institucional. Tudo numa data historicamente marcada por um cortejo de tropas militares.
“Entre a Bíblia e a bala”, como disse, numa pretensa piada, um pastor que lá estará no dia 7. As Forças Armadas e o cinturão evangélico são dois guinchos nos quais hoje o bolsonarismo se escora.
Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Notícias ao Minuto