Uma Vida Por R$ 0,32 Centavos

O que aconteceu neste último dia do ano no Guarujá, litoral de São Paulo, foi de uma violência sem tamanho. Uma barbaridade inominável. Não tem explicação plausivel para que aconteça um caso como esse. Um assassinato a facadas realizado por um pai e um filho.

Um rapaz de 22 anos simplesmente foi esfaqueado por causa da conta de uma pizza que gerou diferença de 7,00 reais. Portanto, o menino campineiro reclamou do valor o que é seu direito, foi espancado, seguro por trás e morto como um animal por uma dupla de demônios.

Cada ano da vida desse menino custou 0,32 centavos. Tudo que seus pais fizeram por ele, desde colocá-lo no mundo, amamentá-lo, dar-lhe educação e estudo acabou no final de ano nas mãos de gente tenebrosa e sem o mínimo escrúpulo. Imagine seu filho, seu bebê, morrendo na lâmina de uma faca e por 7,00 reais.

Nesse momento eu perco a minha consciência e dou meu veredicto… Pena de Morte. Não há outra saída. Não há nada que cure a dor de um pai num caso desses. Há tanta revolta que se pensa numa vingança das mais cruéis. É muita maldade sobre uma família.

Não há nada que justifique um acontecimento desses. E as leis ainda protegem os criminosos que não foram presos em fraglante e no momento em que se apresentarem, certamente acompanhados de algum advogado, este deverá se basear nas famosas “brechas” da lei para libertá-los.

Vai declarar que o crime foi em legitima defesa, certamente que o rapaz tentou agredir seus clientes. Que o menino tentou quebrar o restaurante e um monte de outras mentiras que não justificam a violência. O dia em que a justiça for realmente feita servirá como exemplo para que a impunidade acabe de uma vez por todas.

Fiquei tão chateado e triste que silenciei por algumas horas como que sentindo na pele o acontecido. É revoltante e não tem absolutamente explicação. Espero que estes dois endemoniados sigam juntos para a cadeia e fiquem por lá durante muito tempo, embora não adiantará nada.

Uma vida inteira pela frente ceifada e jogada fora por míseros pedaços de pizza fria, requentada e engordurada, feita pelas mãos sujas e deploráveis dos que não mereceriam nem julgamento. Ninguém é mais temente a Deus do que eu, mas nesse caso não consigo aceitar.

Acredito na justiça dos homens, e respeito. Sou contra fazer justiça com as próprias mãos, mas desses pais arrancaram um pedaço do coração por um motivo torpe, futil e mesquinho. Espero que nessa mesma vida os responsáveis possam ser penalizados e com extrema dureza.

Bruno Filho, jornalista e radialista, reza e ora muito, mas as vezes desacredita. E não deveria.

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