O deputado estadual Branco Mendes (Podemos) rebateu as críticas do vereador Jeremias Santos, de Alhandra, que na tribuna da Câmara Municipal da cidade, na última segunda-feira (16), acusou o parlamentar de ter ‘vendido a alma ao cão’. Por meio de nota, o deputado acusou o vereador, que é líder da gestão municipal, de intolerância religiosa.
“É lamentável que um representante do povo falte com respeito e ridicularize quem quer que seja usando a religião como forma de chacota. Cada cidadão tem direito de escolher e de viver a sua religião, que por sua vez serve para acolhê-lo e orientá-lo. Sou católico, temente a Deus fui criado na igreja católica, mas o meu respeito por todas as religiões é reconhecido por quem me conhece em Alhandra e em toda Paraíba”, disse Mendes.
No discurso polêmico, o vereador Jeremias relacionou religiões de matriz africana ao diabo e acusou o deputado Branco Mendes (na época em que era vereador de Alhandra) e o atual vereador João Ferreira, conhecido como João Sufoco, de participarem de rituais dessas religiões.
“O diabo, que aqui está bem representado por João Ferreira, veio para matar e destruir. A vida dele sabe onde é? No terreiro de Mãe Aruanda, em Timbaúba. Eu aconselho que ele procure a cartomante do amor, Mãe Delamare. De lá, ele procure o terreiro de Pai Baêta, lá na Ilha do Bispo para tirar esse encosto amaldiçoado que ele tem na vida dele. Por fim, procure o templo maior da Igreja Universal do Reino de Deus, na sessão do descarrego”, declarou Jeremias sobre João Sufoco.
Em relação ao deputado Branco Mendes, Jeremias disse que o parlamentar odeia evangélicos. “Entregou a alma ao cão. Odeia evangélicos. O deputado Branco Mendes, quando vereador em Alhandra tomou banho de 20 litros de sangue de bode”, afirmou.
Veja, a seguir, a nota do deputado Branco Mendes
“O município de Alhandra é plural, com sua representatividade histórica personificada no seu povo. Nos dias de hoje, onde intolerância religiosa é considerada crime, é lamentável que um representante do povo falte com respeito e ridicularize quem quer que seja usando a religião como forma de chacota. Cada cidadão tem direito de escolher e de viver a sua religião, que por sua vez serve para acolhê-lo e orientá-lo. Sou católico, temente a Deus fui criado na igreja católica, mas o meu respeito por todas as religiões é reconhecido por quem me conhece em Alhandra e em toda Paraíba. Os evangélicos sempre tiveram minha admiração e o meu respeito, sendo que durante todos esses anos atuando em Alhandra eu sempre tive uma boa convivência com a Igreja Evangélica, tanto é que faço questão de participar de cultos desde os tempos do Pastor Sebastiao Gabriel, passando pelo Pastor Manoel Pedro, Pastor Manoel Tavares e do Saudoso Pastor Amenou que faleceu recentemente vítima do COVID 19. Além disso, como representante eleito pelo povo, meu dever é ajudar quem precisa, independente de qualquer condição, e é assim que pauto a minha vida, com respeito a todos e todas”, declarou Branco Mendes.
Intolerância religiosa
Intolerância religiosa é o ato de discriminar, ofender, agredir e rechaçar pessoas por conta de suas religiões, crenças e práticas religiosas. Boa parte dos que praticam. Os atos ofensivos e intolerantes é composta por pessoas religiosas, e estes atos intolerantes não incluem apenas agressões verbais e até físicas, mas também a profanação pública com a finalidade de ofender pessoas daquela religião.
Aquele que discrimina o outro pela sua religião geralmente se vê acima desta pessoa e de sua crença. O intolerante tem uma incapacidade de aceitar o diferente. Ele avalia de forma preconceituosa aquilo que o outro acredita. Há uma dificuldade de dialogar e de conviver com a outra pessoa por causa de sua crença religiosa, mas ninguém nasce com esse preconceito e intolerância.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba