A blogueira Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, se entregou à Justiça na segunda-feira (16). Ela e outras quatro mulheres são acusadas pelo Ministério Público estadual (MPRJ) de estelionato por supostamente aplicarem o golpe do “motoboy” no Rio.
O advogado Renato Darlan, que representa Anna Carolina, informou que ela se apresentou em Benfica, na Zona Norte, para que fosse cumprido mandado de prisão contra ela, que estava em aberto desde quinta-feira da semana passada.
“Ela, ao contrário do alegado, respeita a Justiça e acredita na inocência dela”, disse Darlan sobre a decisão de se entregar antes de esperar a possível reconsideração do juízo.
Enquanto Anna se entregou, ainda estão em vigor os mandados contra Yasmin Navarro, de 25 anos, Mariana Serrano de Oliveira, 27, Rayane Silva Sousa, 28, e Gabriela Silva Vieira, 20. Ou seja, as jovens são consideradas foragidas da Justiça.
Por decisão do juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada, as prisões preventivas delas foram decretadas de novo, inclusive das que moram em São Paulo.
No despacho, Rubioli citou inclusive a festa que Rayane Silva Sousa ganhou quando teve sua prisão relaxada por falta de denúncia do Ministério Público.
“Quando das suas solturas, em grande festa zombavam da Justiça dizendo frases ofensivas como: ‘Se você é minha amiga e for presa já sabe’, ‘A recepção vai ficando cada vez melhor’”, escreveu o magistrado.
Defesas tentam reconsideração do juiz
As defesas das acusadas entraram com um pedido de reconsideração da decisão do juiz alegando que apenas uma delas participou da festa, e que as demais seguem vida pacata participando de cursos, faculdade e entrevistas de emprego.
“Entramos com o pedido de reconsideração, mas ele só deve ser avaliado na próxima semana. Até lá, as meninas ficam nessa situação de serem consideradas foragidas”, disse ao G1 o advogado Norley Thomas Lauand.
“Minhas clientes, Mariana, Gabriela e Yasmin, todas de São Paulo, seguem com suas vidas e jamais zombaram da Justiça. Elas estão estudando, outra participando de entrevista de emprego. Só queremos resolver essa situação e, se a reconsideração não for possível, tentar amenizar o sofrimento delas fazendo com que se entreguem espontaneamente”, acrescentou.
Caso não consiga reverter a prisão, o advogado quer evitar que suas clientes passem novamente pelo processo de triagem e audiência de custódia.
Ele também quer que elas possam se apresentar com mantimentos e objetos de higiene, o que não tiveram da primeira vez que foram presas, já que as famílias eram de São Paulo e dependiam da confecção da carteirinha do sistema prisional do RJ.
Fonte: Globo
Créditos: Globo