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Governo vai priorizar envio de vacinas para estados atrasados

A mudança na metodologia de distribuição de vacinas ocorre em meio a uma polêmica com o governo de São Paulo, que reclamou publicamente de ter recebido menos doses da Pfizer.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que irá mudar a logística de distribuição das primeiras doses da vacina contra a Covid-19 para garantir que todos os estados terminem a aplicação dos primeiros imunizantes. Durante entrevista coletiva, o ministro Marcelo Queiroga também criticou estados que estão alterando os prazos da aplicação da segunda dose. Segundo ele, se isso continuar ocorrendo, a pasta não terá como entregar as doses necessárias.

A mudança na metodologia de distribuição de vacinas ocorre em meio a uma polêmica com o governo de São Paulo, que reclamou publicamente de ter recebido menos doses da Pfizer. Nesta terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski proferiu decisão em que determinou que o Ministério da Saúde entregue as doses necessárias para a segunda dose naquele estado.

— Estamos vacinando, no estado de São Paulo, adolescentes, e em outros estados ainda não conseguimos chegar na faixa etária de 18 anos. Cumpre ao Ministério da Saúde equilibrar. O mesmo compromisso que o Ministério tem para com os brasileiros que residem em São Paulo, o Ministério tem com os brasileiros que residem no estado do Pará — afirmou.

Segundo o Ministério, o critério estabelecido para a nova metodologia de distribuição irá obedecer ao número de pessoas acima de 18 anos em cada estado que ainda não recebeu vacinas. Esse número é obtido pela subtração da população total acima de 18 anos pelas doses distribuídas até o momento.

São Paulo, por exemplo, tem 22% da população adulta do Brasil, mas recebeu 24% das doses distribuídas até agora, por exemplo. Já o Rio, recebeu 8,0% das doses distribuídas até o momento, mas tem 8,48% da população total. Segundo o ministro Queiroga, o objetivo é fazer um ajuste fino nessas entregas para que todos possam finalizar a vacinação ao mesmo tempo.

Durante entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), questionou a decisão do Ministério.

Fonte: Globo
Créditos: Globo