Os sex toys são um aliado poderoso para mulheres em busca de satisfação sexual. São com os brinquedos sexuais que muitas começam a criar coragem de explorar o próprio corpo e descobrir o que lhes dá prazer. De acordo com um estudo feito pelo portal Mercado Erótico, o consumo de vibradores subiu em 50% no período de março a maio de 2020, se comparado a 2019. O sugador de clitóris foi o sex toy que registrou maior aumento de vendas.
Contudo, especialistas e sexólogas sugerem cuidado com o uso excessivo do aparelho. Assim como a pornografia, vibrador também pode viciar e, nesse caso, trazer malefícios à saúde.
A fisioterapeuta pélvica da plataforma Sexo sem Dúvida, Daiane Becker, esclarece que tudo que é demais pode viciar: “Até mesmo seu dedo em excesso pode causar “vício”. Acredito que quando bem utilizado, o vibrador é um forte aliado na busca do nosso auto prazer”, explica. E então a orientação é variar os estímulos.
Em sua coluna, a sexologa do Universa, Ana Canosa, define a dependência como “condicionamento sexual”: “Assim como o viciado em pornografia se condiciona a só sentir prazer através do pornô, algumas pessoas podem transformar o vibrador na única fonte de tesão e isso é um problema”.
A especialista sugere que pessoas dependentes de brinquedos eróticos procurem sentir novos estímulos. “Tente ficar um período sem usar o aparelho, ir pra relação sem a necessidade de ter orgasmo, sem se cobrar e tentar se manter presente em estimulações variadas”.
Antes que você se assuste, ou pare de usar vibrador, Carmita Abdo explica que um caso só pode ser enquadrado como vício a partir do momento em que a pessoa tem a saúde, a vida social ou profissional afetada por aquilo.
“Quando falamos de patologia, essa atividade precisa ‘deixar’ de ser saudável e se tornar algo negativo; se a pessoa submete outras áreas da vida em prol do aparelho, por exemplo. Ela pode perder o emprego, a saúde, os amigos, ela para de dormir, não se alimenta direito, passa o tempo todo se estimulando. Aí, sim, consideramos o caso grave”.
A psiquiatra ressalta, inclusive, que nem toda pessoa pode se viciar em um vibrador. “Viciados normalmente têm predisposição genética; casos de alcoolismo ou de dependência química na família servem de alerta. Além disso, pessoas com tendência a desenvolver dependência têm um perfil introvertido, antissocial, com dificuldade de se relacionar”, pontua.
O tratamento, em casos patológicos, é feito através de terapia cognitivo-comportamental e, nos episódios mais graves, o médico pode sugerir o uso de medicação antidepressiva para reduzir a libido do paciente.
Sendo assim, divirta-se, permita- se conhecer seu corpo e busque o que te dá prazer, mas sem exageros.
Fonte: Polêmica Paraíba com Universa
Créditos: Polêmica Paraíba com Universa