O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) informou, nesta quinta-feira (05), que a invasão citada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e que ocorreu em 2018 nos sistemas da Justiça Eleitoral, não representou riscos à integridade das eleições de 2018. A Corte se pronunciou por meio de nota.
Ontem, em live ao lado do relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso e auditável, Filipe Barros (PSL), o presidente mencionou, com base um um relatório elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que um hacker invadiu os sistemas da Justiça Eleitoral a partir de informações vazadas por uma empresa que presta serviços de telefonia ao TRE-PB.
“O acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu”, disse o TRE no documento divulgado hoje.
Na live, Bolsonaro fez críticas ao presidente do TSE, o ministro Luis Roberto Barroso, e afirmou que investigações da Polícia Federal não desvendaram se houve fraude na eleição porque o TSE teria apagado os logs de registros utilizados pelo hacker.
Leia na íntegra a seguir a nota divulgada pelo TSE e pelo TRE-PB:
“Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições”, disse a Corte na nota.
Em referência ao inquérito da Polícia Federal que apura ataque ao seu sistema interno, ocorrido em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral esclarece que:
1. O episódio de 2018 foi divulgado à época em veículos de comunicação diversos. Embora objeto de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova.
2. O acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu.
3. Cabe acrescentar que o código-fonte é acessível, a todo o tempo, aos partidos políticos, à OAB, à Polícia Federal e a outras entidades que participam do processo. Uma vez assinado digitalmente e lacrado, não existe a possibilidade de adulteração. O programa simplesmente não roda se vier a ser modificado.
4. Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições.
5. O próprio TSE encaminhou à Polícia Federal as informações necessárias à apuração dos fatos e prestou as informações disponíveis. A investigação corre de forma sigilosa e nunca se comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude.
6. De 2018 para cá, o cenário mundial de cybersegurança se alterou, sendo que novos cuidados e camadas de proteção foram introduzidos para aumentar a segurança dos demais sistemas informatizados.
7. Por fim, e mais importante que tudo, o TSE informa que os sistemas usados nas Eleições de 2018 estão disponíveis na sala-cofre para os interessados, que podem analisar tanto o código-fonte quanto os sistemas lacrados e constatar que tudo transcorreu com precisão e lisura.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba