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O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, o deputado Filipe Barros (PSL), disse nesta quarta-feira (04), em uma entrevista ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que um hacker invadiu os sistemas da Justiça Eleitoral a partir de informações vazadas do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).
O parlamentar participou da tradicional live do presidente, com objetivo de, segundo eles, apresentar provas sobre a necessidade de aprovação do ‘voto impresso e auditável’. Na ocasião, o parlamentar leu um relatório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que foi entregue à Polícia Federal com menções a invasões do sistema eleitoral.
Dentre as invasões mencionadas, uma envolve a Paraíba, quando um hacker utilizou-se de uma senha de empresa que presta serviços de manutenção telefônica para o TRE e invadiu os sistemas da Justiça Eleitoral.
“Através disso, o hacker conseguiu acesso aos TREs da Paraíba, de Pernambuco e de outros estados”, disse o parlamentar. “Além da VPN do TRE-PB, foi identificada uma entrada a partir do TRE do Rio Grande do Norte”, acrescentou.
Ainda de acordo com o parlamentar, “O hacker teve muito tempo dentro dos sistemas do TSE. Primeiro, ele se utiliza de senha de empresa privada, invade os sistemas dos TREs. Estando nesses sistemas, ele se utiliza de senhas do coordenador de infraestrutura dos TREs para invadir o sistema do próprio TSE”, afirmou.
Além de mostrar esses dados, Filipe Barros e Bolsonaro afirmaram, com base em outros dados do relatório, que o hacker quebrou diversas senhas e chegou a manipular códigos fontes. “O atacante descreve que possuiu acesso à rede interna, por vários meses (de 2018), entrando em diversas máquinas. O próprio TSE reconhecendo que o hacker está falando a verdade”, disse Barros.
Ainda na live, Bolsonaro criticou o presidente do TSE, o ministro Luis Roberto Barroso. Ele também afirmou que investigações da Polícia Federal, com base no relatório da Corte, não desvendaram se houve fraude na eleição porque o TSE teria apagado os logs de registros utilizados pelo hacker.
“Ministro Barroso afirma que são intransponíveis (os sistemas) do TSE. Não é verdade”, afirmou.
OUTRO LADO:
Procurado pela reportagem do Polêmica Paraíba, o TRE confirmou o mau uso dos serviços eletrônicos por uma empresa terceirizada, mas acrescentou que suspendeu o acesso da referida empresa ao serviço e que o caso foi comunicado imediatamente à Polícia Federal.
“A empresa que prestava serviço telefônico no TRE da Paraíba fez mau uso do acesso VPN que possuía para ter acesso à central telefônica e ficou olhando máquinas em outros TRE’s e no TSE. Descobrimos isso e de imediato suspendemos o acesso que eles tinham, avisamos ao TSE e o TSE pediu investigação à polícia federal. Tudo isso está devidamente documentado, disse José Cassimiro Júnior, Secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do (TRE-PB).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba