Herman Cardenas, proprietário da empresa Davati Medical Supply, alvo da CPI da Covid após ter oferecido 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca contra Covid , falou com a TV Globo no último domingo (01) e justificou a presença de intermediários nas negociações com o governo Bolsonaro. Segundo o empresário, parceiros brasileiros o enganaram.
“Cristiano [Carvalho, um dos representantes de vendas da Davati] demonstrava estar numa reunião com o presidente do Brasil. Hoje a gente sabe que a foto deve ser fake. Eu mal posso acreditar que alguém usaria uma imagem de 2019 para dizer que estava presente ali, como se fosse em 2021”, relatou Cardenas.
De acordo com Herman, Cristiano Cardoso enviou-lhe seu currículo em que constava um doutorado na Universidade de Harvard e que suas mensagens eram assinadas como “professor-doutor”.
O empresário tenotou justificar a quantidade de intermediários que respondiam pela empresa durante as tratativas com o governo brasileiro. Segundo Cardenas, “Quando se vende vacina de gripe, por exemplo, são comuns ter três ou quatro intermediários. Um apresenta para outro, que apresenta para outro, que apresenta para outro… Então não me pareceu estranho.”
Ao ser questionado sobre a origem das 400 milhões de doses, oferecidas ao Ministério da Saúde, Herman disse que a oferta não se tratava de uma venda direta e, sim, de uma alocação’, ou seja, uma ‘reserva’ dos imunizantes.
Fonte: IG
Créditos: IG