Na articulação para as eleições do ano que vem, o PT analisa cenários que possam encaminhar a recondução do ex-presidente Lula ao Planalto. Para algumas alas do partido, o ideal é ampliar horizontes e deixar de lado algumas candidaturas próprias em detrimento de apoios de partidos de Centro e da própria esquerda em estados estratégicos. No entanto, outro grupo do partido defende marcar posição e lançar candidatos nos maiores colégios eleitorais. O principal deles: São Paulo.
Por lá, o PT deve lançar candidato próprio para o Governo nas eleições de 2022. Segundo o presidente estadual do partido, Luiz Marinho (PT), é “praticamente impossível” a sigla deixar de ter uma candidatura própria para apoiar nomes de outros partidos. O mais cotado pelo partido para tentar o governo paulista é Fernando Haddad (PT), que já está percorrendo cidades da região metropolitana do estado e conversando com sindicalistas, prefeitos, religiosos e movimentos populares.
Haddad foi foi prefeito da capital entre 2013 e 2016, mas perdeu a reeleição para João Doria (PSDB). O partido espera que as eleições de 2018 tenham aumentado a popularidade de Haddad. No entanto, o movimento frustra uma das principais novas lideranças da esquerda: Guilherme Boulos (PSOL). Havia expectativa que o PT apoiasse a candidatura do psolista. No entanto, de acordo com a sigla, um eventual acordo com o PSOL no primeiro turno só vai existir se Boulos não tentar o cargo Executivo e quiser outra vaga na chapa. O que é improvável, visto que Boulos já se colocou como pré-candidato ao governo.
O presidente estadual do PT disse que não vê Boulos como uma alternativa melhor do que Haddad. “Antes de sentar com os parceiros, é preciso estar aberto a melhor alternativa, a comprovadamente melhor. Se tiver, por que não [apoiar outro nome]? Mas nós não enxergamos essa possibilidade”, disse Luiz Marinho. “A melhor possibilidade, tendo uma chapa ampla, é Haddad. É a melhor alternativa para liderar essa chapa”, completou.
O PT tenta um acordo com o PSB nacional, na tentativa de desviar uma aproximação dos socialistas com Geraldo Alckmin, que vai deixar o PSDB. O PT tenta aliança ainda com o PCdoB e o PDT. A sigla também estuda estratégias para ampliar sua bancada na Assembleia Legislativa de São Paulo, que conta atualmente com 10 deputados petistas. Nomes como Eduardo Suplicy e Jean Wyllys são cotados para a assembleia e a Câmara dos Deputados, respectivamente.
A disputa pelo governo de São Paulo já tem três nomes confirmados. Além de Boulos, Rodrigo Garcia, atual vice-governador, que deixou o DEM e será o candidato do PSDB, apoiado por João Doria. Ex-tucano, Geraldo Alckmin está insatisfeito e vai deixar o partido para disputar o governo. O caminho pode ser o PSD ou até o PSB.
Fonte: Polêmica Paraíba com informações do Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba