Faltou tudo ao Atlético-MG nos primeiros 45 minutos. Na etapa final, um novo comportamento, mais agressivo, essencial para quem ambiciona títulos, pavimentou o triunfo. Mas a consumação da reação foi muito em função de Hulk. Ele chama a responsabilidade. Briga pela bola. Impressiona, muitas vezes, na hora de concluir as jogadas. E liderou a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, uma virada com dois belos gols do camisa 7 do Galo, em São Paulo.
Às vésperas de uma decisão na Libertadores (terça-feira, a equipe faz a partida de volta contra o Boca Juniors, no Mineirão – a ida, na Bombonera, ficou 0 a 0), o técnico Cuca preservou alguns titulares de ataque. E foi o setor que mais sentiu no primeiro tempo.
Sem Nacho Fernández (ficou em BH fazendo reforço muscular) e Savarino (com fadiga muscular), o Atlético ainda não teve Vargas, diagnosticado com Covid-19, além de Keno e Marrony, que estão em tratamento há mais tempo.
O time não funcionou. Ficou travado, sem profundidade. Performance semelhante à do Corinthians. Só que um erro de Nathan, desatento ao dominar uma bola, resultou no gol paulista.
No intervalo, Cuca fez ajustes necessários. O futebol, se não foi brilhante, foi de atitude. As mudanças tática e, principalmente, de postura foram fundamentais. A equipe acordou em campo. Abriu o jogo, teve muito mais volume. Foi superior ao Corinthians. E tinha Hulk.
Ele completou 20 jogos seguidos pelo Galo, sem ser poupado. Nem mesmo a poucas horas do duelo contra o Boca. Cuca sequer cogitou sacá-lo.
“Se o jogador está saudável, não tem necessidade de tirar o jogador, porque ele vai ficar em casa descansando. É um campeonato importantíssimo, tem 50 anos que a gente não ganha.” (Cuca)
Impressionante a capacidade para decidir. A reação atleticana começou com uma bela cobrança de falta do atacante. Sem chances para Cássio.
Cuca voltou a alterar o time, já na reta final. Colocou Dylan Borrero no jogo. O jovem colombiano também teve participação crucial para o triunfo. Lutou pela bola, avançou e rolou para o arremate decisivo. A bola caiu nos pés de Hulk. Ele nem ajeitou. O canhoto bateu de perna direita mesmo. Certeiro: 2 a 1.
Uma vitória muito importante para as pretensões do Atlético no Brasileirão. O clube não abre mão do campeonato. Dosa suas armas, quando necessário, para ser competitivo no torneio nacional e ter força máxima na Libertadores. Com todos à disposição, pode explorar mais o potencial do grupo montado. E agora é hora de definir o destino na competição sul-americana. Terça-feira tem o Boca pela frente.
Fonte: GE
Créditos: GE