O Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está oferecendo tratamento gratuito para pacientes que já tiveram Covid-19 e estão em processo de recuperação há, no mínimo, 20 dias. Sem limite de vagas, a triagem de entrada é feita por telefone.
Para serem selecionados, os pacientes devem ter acima de 18 anos, não devem ter sido entubados em caso de hospitalização e não devem possuir restrições para realizar exercícios físicos. Os benefícios do procedimento incluem qualidade do sono, composição corporal, capacidade de exercício, funcionalidade, avaliação da força e função cardiorrespiratória e mental.
O projeto faz parte da dissertação de mestrado em Fisioterapia das alunas Maria Alessandra Sipriano, orientada pela Professora Socorro Brasileiro, e Paloma Lopes de Araújo, orientada pelo Professor Amilton Cruz Santos. “É um tratamento gratuito oferecido à comunidade. Um alto número de sobreviventes seguem com sequelas até um ano após a infecção, e nem todos têm acesso à reabilitação. Esse projeto é um meio de minimizar esse impacto”, afirma Maria Alessandra.
A estudante enfatiza a importância do estudo para entendermos as consequências da Covid-19 e como podemos superá-las por meio da reabilitação. “Assim como existem estudos importantes para descobrir as vacinas, estudos como o nosso permitem entender o impacto da doença na vida dos sobreviventes e, assim, traçar estratégias eficientes para recuperação plena desses indivíduos em diversos aspectos, incluindo físico, mental e social”, explica.
Após o período de avaliação, o tratamento acontece remotamente, de forma individualizada, a fim de acelerar o processo de tratamento. Paloma avalia a importância da iniciativa e a maneira como está sendo executada. “Existe uma grande quantidade de indivíduos com sequelas da doença, e também existe muita dificuldade no acesso à reabilitação. Então, esse projeto vem para alcançar e suprir, com os devidos meios, essa necessidade da população, além de contribuir para a evolução da ciência e pesquisa”, comenta.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba