No centro dos debates na Câmara dos Deputados, a proposta que pretende retomar o voto impresso no Brasil ganha cada diz mais impopularidade. Após 11 partidos se manifestarem contra, agora foi a vez do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defender o sistema de votos por meio da urna eletrônica. Em entrevista à CNN Brasil na noite do domingo (04), o senador disse que não identifica indícios de fraudes em eleições.
“A minha posição é de plena confiança na Justiça Eleitoral brasileira. Não identifico indício algum de fraude nos resultados eleitorais do Brasil. Portanto, essa é uma opinião que tenho, que o sistema eleitoral deveria continuar pelo sistema eletrônico. No entanto, como presidente do Senado, devo permitir que as divergências possam coabitar e discutir um resultado que seja eventualmente diferente daquilo que eu prego ou penso”, declarou.
A comissão na Cãmara analisa uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pode restaurar, ao menos parcialmente, as cédulas de papel nas eleições brasileiras. A proposta, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), determina a exigência de impressão de cédulas em papel nas eleições, plebiscitos e referendos no Brasil. Segundo o texto, as cédulas poderão ser conferidas pelo eleitor e deverão ser depositadas em urnas indevassáveis de forma automática e sem contato manual, para fins de auditoria.
Pacheco disse considerar que a PEC não vá ser aprovada no Congresso, por conta da rejeição dos partidos políticos. “O prenúncio de que todos ou a maioria do partidos, estão unidos e reunidos nessa tendência, de confiança no sistema eleitoral, a tendência de que a proposta seja rechaçada”, revelou.
O voto impresso é uma pauta que tem histórico de derrotas. Atualmente seu maior defensor é o presidente da República, Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo tem dito de que não aceitará eventual revés nas eleições de 2022 caso não haja cédulas de papel.
Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba