A procura por Lázaro Barbosa de Souza segue em Goiás e no Distrito Federal. Até o momento, o suspeito de matar cinco pessoas em Ceilândia, em Brasília (DF), permanece foragido da Polícia.
Antecedentes
Ele também é investigado pela morte de um caseiro em Cocalzinho de Goiás alguns dias antes. Além destes assassinatos, Lázaro já foi preso por outros crimes. Em julho de 2018, ele escapou de uma penitenciária em Águas Lindas de Goiás (GO). À época, ele estava preso por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, roubo e estupro.
Em caso de captura, ele pode ser indiciado, além dos assassinatos, por lesão corporal, invasão de propriedade, ameaça, cárcere privado e sequestro, segundo as ações que vítimas de Lázaro relatam que ele cometeu nos últimos dias, durante sua fuga.
Força-tarefa
Mais de 300 policiais federais, civis, militares e rodoviários federais seguem em busca do suspeito. Os agentes utilizam equipamentos de alta tecnologia, como um caminhão de videomonitoramento, para conseguir localizar o criminoso e fecharam um cerco de cerca de 10 quilômetros quadrados nas estradas da região onde ele está sendo procurado.
Desde o dia da chacina o criminoso tem invadido residências, furtado carros e feito pessoas de refém por onde passa. Para fugir da Polícia, ele utiliza as habilidades que ganhou como caçador e mateiro, uma espécie de guia das matas, para se esconder em áreas de matas, sítios e chácaras. Para isso, a polícia está contando com o apoio de helicópteros e drones.
‘Sósia de Lázaro’
Nessa última semana, um homem de 27 anos foi espancado na terça-feira (22) após ser confundido com Lázaro. Após ser agredido por moradores da região, o rapaz foi abandonado nas margens da rodovia BR-262, em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a polícia, a vítima relatou ter sido sequestrada por quatro homens encapuzados. Na sequência, ele foi levado para área de mata, onde foi agredido. Ele foi levado a um hospital com lesões no tórax e na cabeça.
Fake News: ‘satanismo’ e ‘macumba’
Fotos de um assentamento de Candomblé foram associadas, de forma preconceituosa, com rituais satânicos e o argumento agora determina uma suposta característica do assassino.
A Polícia Civil do Distrito Federal afirma que Lázaro é “satanista”, mas não explica os indícios que os levaram a tal conclusão. Já na quarta-feira (16), o órgão afirmou que uma das vítimas teria sido assassinada por Lázaro em um “ritual satânico” – como provas, fotos de objetos utilizados em cerimônias demoníacas, encontrados perto de um riacho e também no imóvel em que morava a mãe do suspeito, no interior de Goiás.
Não precisou muito tempo para que as pessoas notassem que as fotos divulgadas nas redes sociais eram de um assentamento de Candomblé. Dessa forma, configurando parte de um racismo religioso.
Fora isso, outro viés que tem circulado na web é um vídeo que mostra uma senhora que se identifica como tia de Lázaro e afirma que ele ainda não foi pego porque, segundo ela, a macumba é o principal motivo pelo qual a polícia ainda não conseguiu encontrá-lo. A senhora ainda afirma durante gravação que o foragido só será encontrado pela polícia quando ela morrer.
“Olha, eu sou a tia mais velha [de Lázaro], não vou falar meu nome por causa dos repórteres, sou idosa e tenho 90 anos, fui eu que ensinei tudo o que a mãe dele sabe para protegê-lo, fui eu, não vão pegá-lo, ninguém o pega, só quando eu morrer, mas enquanto eu for viva ninguém pega o Lázaro. A macumba é brava e eu sei fazer”, disse a suposta tia do assassino.
Até o momento, não foi confirmado que a senhora é realmente tia do serial killer, nem tampouco que a teoria apontada no vídeo é verídica.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba