Cabedelo: 77 anos de atraso

Se não for por essas razões, que todo mundo vá às ruas em Cabedelo nesta sexta-feira protestar contra o Governo Federal, que tem deixado a Paraíba e o seu Porto de fora de sucessivos anúncios de recursos do Programa Nacional de Investimentos em Logística, conforme nota conjunta divulgada ontem pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga da Paraíba e a Cia. Docas/PB.

“No mês de agosto do corrente ano o Governo Federal lançou o Programa de Investimentos em Logística, prevendo aplicação de R$ 133 bilhões em nove trechos de rodovias e em 12 de ferrovias, até 2017. Em nenhum momento a Paraíba foi contemplada”, denunciam, acrescentando:

– Agora, neste mês de dezembro, o mesmo Programa de Logística anuncia investimentos na área Portuária. Apesar dos importantes montantes distribuídos pelo Nordeste, a Paraíba ficou numa situação extremamente desprivilegiada. Foi contemplada com menos de 2% (R$ 107 milhões) dos recursos destinados ao Nordeste.
Como diria o velho FHC, “Assim não dá, Dona Dilma! Assim não é possível, Ministro Leônidas Cristino (da Secretaria de Portos)”. Principalmente, Presidente, se nos convencem os argumentos e os projetos da Cia. Docas, que identificam um atraso de 77 anos em nossa estrutura portuária, que data de 1935, mas foi concebida no tempo de Dom Pedro II.
Desse jeito não dá mesmo para não concordar com o Doutor Wilbur Jacome, superintendente da Companhia, quando ele diz (imagino que seja dele a frase) “que investir no Porto de Cabedelo não é apenas uma necessidade, mas é uma questão de justiça do Governo Federal”.
Todo apoio ao movimento de hoje, portanto. Só não sei se vale a pena convidar ou esperar a presença de expoentes da ‘classe política’ paraibana. Afinal, desconfio que é muito por conta da fraqueza dela que o Porto permanece nessa fragilidade.

Não precisa sair do Centro

Com bem menos dinheiro que os badalados R$ 80 milhões, segundo fontes da coluna, o Ministério Público da Paraíba poderia construir uma sede complementar no Centro da Capital, no próprio quarteirão que já abriga a atual estrutura.
Haveria disponibilidade de imóveis na área para compra ou desapropriação (a combinar com o Governo do Estado ou Prefeitura de João Pessoa), com a vantagem de não desmobilizar o patrimônio já existente nem desinstalar os órgãos ministeriais em funcionamento.
Um prédio a mais, no padrão do que já existe na Pedro II, contemplaria todas as promotorias, promotores e procuradores supostamente desprovidos de lugar decente para trabalhar. E tudo isso sem privar os cidadãos de tamanha facilidade de acesso e economia nos deslocamentos para buscar os serviços do MPPB.
O novo Museu de Campina

Temos que agradecer particularmente a três pessoas pelo Museu de Arte Popular, belíssimo patrimônio público inaugurado ontem em Campina Grande.
O primeiro agradecimento vai para Cássio Cunha Lima, que nos estertores do seu segundo governo alocou R$ 13 milhões para a UEPB construir a obra.
O segundo ‘muito obrigado’ a gente deve a Oscar Niemeyer, autor do projeto do Museu, glória de vida centenária que o Brasil doou ao planeta.
Por último, mas não menos importante, devemos agradecer à Reitora Marlene Alves por se despedir do cargo entregando à fruição de todos e todas essa joia que já podemos chamar de MAP de Campina.

 

Talvez nem Freud resolva
Depois da Operação Matando na Unha que antecedeu a nomeação do Professor Rangel Júnior como Reitor da UEPB, estou pensando seriamente em desistir de fazer análise dos atos do governador Ricardo Coutinho.
Vai ver é caso para a psicanálise e olhe lá!
Cartas marcadas de sempre
Deverá ser divulgado hoje resultado de cobiçada licitação em importante repartição pública na Capital. Anteciparam-se o resultado. Se bater com a denunciada armação, publicarei de que forma e quando me chegou a informação.