Acusados e testemunhas da morte do médico e ex-prefeito de Bayeyx, Expedito Pereira, serão ouvidos nesta quinta-feira (10) no Fórum Criminal, em João Pessoa, onde acontece a primeira audiência de instrução do caso envolvendo o assassinato de Expedito.
A audiência acontece de forma presencial e semi-presencial, com a participação dos acusados. Na audiência serão ouvidos os dois réus, Leon Nascimento dos Santos, que foi apontado como executor do crime, e José Ricardo Alves Pereira, que é sobrinho de Expedito e apontado como o mandante do crime.
O terceiro envolvido no caso, que também é réu, Jean Carlos da Silva Nascimento, que teria intermediado a negociação entre Leon e Ricardo, foi ouvido e liberado, mas agora é considerado foragido, uma vez que está desaparecido desde que foi liberado.
Com faixas pedindo Justiça para Expedito, os familiares e amigos estão na frente do Fórum Criminal. A expectativa da família, de acordo com uma das filhas do ex-prefeito, Vânia Pereira, é que os réus vão à julgamento popular e sejam condenados.
Familiares e amigos de Expedito Pereira de Sousa instalaram outdoors em avenidas de João Pessoa e Bayeux pedindo justiça e a condenação dos acusados pela sua morte. Eles também, desde ontem (9), realizam atos públicos cobrando justiça. A mobilização está sendo coordenada por amigos e pelos filhos do ex-prefeito, Tânia, Vânia, Hellen e Pedro, que é advogado e atua na acusação dos réus.
O médico e ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira de Sousa, foi assassinado no dia 9 de dezembro do ano passado. Os acusados pelo crime são os réus Leon Nascimento dos Santos, apontando como executor do crime; José Ricardo Alves Pereira, sobrinho de Expedito e apontado como o mandante do crime, e Gean Carlos da Silva Nascimento, o intermediador.
O caso
Na denúncia contra os acusados, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) narra que em 9 de dezembro de 2020, por volta das 9h, na Avenida Sapé, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, o denunciado Leon Nascimento, a mando dos acusados Gean Carlos e José Ricardo, executou o ex-prefeito Expedito Pereira. Também consta na peça acusatória que José Ricardo se candidatou ao cargo de vereador de Bayeux, na última campanha eleitoral, contando com o apoio da vítima, que era seu tio, e com o trabalho dos acusados Gean Carlos e Leon Nascimento como “marqueteiros”.
A peça acusatória relata que o denunciado José Ricardo, no intuito de se eleger, passou a dilapidar o patrimônio da vítima, incluindo fraude e furtos relativos a bens imóveis, veículos, saques bancários e valores subtraídos do cofre da vítima. Narra ainda a denúncia que, em razão do insucesso na campanha eleitoral, e diante da dilapidação do patrimônio da vítima, os denunciados José Ricardo e Gean Carlos arquitetaram a morte de Expedito Pereira, escolhendo o denunciado Leon Nascimento para executar a vítima, o qual chegou, inclusive, a frequentar um clube de tiro, dias antes, para praticar a mira.
Na véspera do assassinato, de acordo com a denúncia, José Ricardo marcou um encontro com a vítima no “Bar de Jura” – um estabelecimento que fica próximo à residência da vítima, com a desculpa de que estaria com um vereador eleito da Capital, a fim de conseguir um emprego para a filha do idoso. Na manhã do crime, os denunciados Leon e Gean pediram emprestado uma motocicleta e Leon, portando uma arma de fogo, foi ao encontro e desferiu dois disparos contra a vítima, quando caminhava numa calçada em direção ao local marcado. O acusado fugiu e a vítima morreu no local. O reconhecimento do acusado e da motocicleta foi feito pela Polícia Militar, através de imagens de vídeo registradas pelas câmeras de vigilância instaladas na área. Chegando ao proprietário da motocicleta, a polícia identificou os demais acusados.
Fonte: parlamentopb
Créditos: Polêmica Paraíba