A cantora Silvania Maria de Jesus morreu, aos 51 anos, devido às complicações da Covid-19. Silvania ficou conhecida por encantar milhares pessoas por conta alegria como levava a vida e ao emocionar o apresentador Luciano Huck durante uma participação no quadro ‘Lata Velha’ do programa Caldeirão do Huck. Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (4), a irmã dela, Luciana Cristina Jesus, de 47 anos, relatou que o momento é de muita dor para a família. Silvania deixa três filhos.
Silvania já foi produtora, atuava como corretora de imóveis e, também, era cantora de uma banda chamada “Pink”, que levava esse nome porque era a cor predileta dela. Na época que participou do quadro ‘Lata Velha’, em 2012, a equipe do programa reformou seu Escort XR3 usando a cor rosa em todo o veículo, após ela interpretar Madonna no Caldeirão do Huck.
Natural do Rio de Janeiro, ela morava há três anos em Praia Grande, no litoral paulista. “Ela já participou de diversos programas para se apresentar com a sua banda. Mas, quando participou do programa do Luciano Huck, se sentiu muito realizada e emocionada. Como prêmio, ela recebeu o carro reformado, ganhou R$ 20 mil e muitas outras coisas. O carro ficou rosa, que era a cor predileta dela. Tanto que a casa dela toda era pink”, conta a irmã.
Luciana relata que a irmã começou a sentir os sintomas da Covid-19 dia 3 de maio. Ela testou positivo para a doença e dia 5 foi internada, sendo transferida poucos dias depois para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi intubada.
“Ela estava muito fraca. Apesar de todo o esforço dos médicos para salvá-la. O pior é que minha irmã não tinha nenhuma comorbidade, era saudável e ativa. Então ficamos dilacerados, porque não imaginávamos que isso iria acontecer. Sabíamos que a doença era agressiva, mas tínhamos esperança que ela se recuperaria. Estamos muito tristes”, lamenta a irmã.
Segundo a irmã, Silvania era uma pessoa alegre. “Ela era alto astral, de bem com a vida, sempre estava sorrindo. Era muito trabalhadora e batalhadora. Tinha três filhos já formados. A frase dela era ‘1% de chance, 99% de fé’, ela acreditava muito que as coisas dariam certo”, relembra.
De acordo com Luciana, a família teve que fazer um velório rápido, devido aos protocolos de prevenção à Covid-19, e manteve o caixão lacrado. “Não conseguimos nos despedir, foi horrível, uma sensação de impotência. Ela era ainda nova e cheia de sonhos. Mas, ela sempre foi minha inspiração, na garra, determinação, em não desistir dos seus sonhos, mesmo com dificuldades. Ela estava realizada com a família, tinha seu apartamento e um coração enorme. Com certeza nos deixa muitos ensinamentos e um grande legado”, finaliza a familiar.
Fonte: G1
Créditos: G1