Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, deve se reunir nesta semana com o comando do Exército para que possa se defender do processo disciplinar ao qual está respondendo. O processo diz respeito à participação do general na manifestação política com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio de Janeiro.
Nos próximos dias, Pazuello deve se reunir com o comandante Paulo Sérgio Oliveira e deve negar, presencialmente, que tenha descumprido o regimento do Exército ao participar do ato. Na semana passada, ele já havia se defendido, mas por escrito.
Bolsonaro não quer punição
Jair Bolsonaro disse ao comandante do Exército que não quer ver o ex-ministro punido. A sinalização foi dada ao comandante durante a viagem de ambos a São Gabriel da Cachoeira (AM), onde Bolsonaro foi inaugurar uma ponte de menos de 20 metros e fazer uma visita de dois dias.
Pazuello é um general da ativa, no topo da carreira de intendente (responsável pela logística militar) com três estrelas. Paulo Sérgio é seu superior, e o pedido de Bolsonaro acirra a já grave crise entre o Planalto e a Força da qual o presidente saiu praticamente expulso como capitão em 1988.
A proteção sugerida por Bolsonaro a Pazuello amplia muito a crise entre a Presidência e o Planalto. O ato de Pazuello gerou irritação no Alto-Comando do Exército, colegiado de 15 generais de quatro estrelas encabeçado por Paulo Sérgio.
O grupo defendeu a punição a Pazuello. Pelo regimento militar, que veta manifestações políticas de quem está fardado, é inegociável a situação: ele pode ser advertido verbalmente, receber uma repreensão por escrito ou pegar 30 dias de cadeia em um quartel.
Fonte: CNN e Folha de São Paulo
Créditos: Polêmica Paraíba