Bárbara Paz disse ter se descoberto uma pessoa não binária, ou seja, não se vê nem como homem, nem como mulher.
Bárbara fez a afirmação durante entrevista ao podcast “Almasculina”, logo após diretor, ator e apresentador Paulo Azevedo questionar como ela gostaria de ser apresentada ao público no programa.
“Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não binária. Descobri que sou não binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi”, afirmou.
“Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação. A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, não sei bem quem eu sou. Se você tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco. Arte”, completou Bárbara.
“Eu fui o homem da casa. Mesmo sendo criança, eu me sentia responsável por aquilo tudo. Sentia que tinha que cuidar da casa”, afirmou, citando a perda da mãe aos 17 anos.
Bárbara ainda relembrou sua infância e disse que começou a trabalhar aos 9 anos de idade, três anos após a morte do pai, de quem diz se lembrar apenas através de histórias que a contavam.
“Sempre fui muito guri. Sempre tive cabelo curto, fui muito magra, não tinha tênis, eu tinha um kichute. Usava um meião. E eu tinha que usar, pra agradar minha mãe, um vestidinho sempre. Só que eu detestava. Sempre quis agradar muito minha mãe. Então eu era metade menino, metade menina.”
Bárbara foi casada com o cineasta Hector Babenco, morto em 2016 e contou que tudo que aprendeu sobre sexualidade foi através de leituras.
“Nunca questionei sobre isso, se é homem, mulher, do que você gosta. Nunca questionei sobre isso. Pra mim, você gosta de pessoas.”
Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: G1 GLOBO