Concentrado com a seleção brasileira na Granja Comary, em Teresópólis (RJ), Neymar se posicionou oficialmente, por meio de sua assessoria, sobre a denúncia de assédio sexual realizada por uma funcionária da Nike, revelada na última quinta-feira, 27, pelo jornal americano The Wall Street Journal.
Segundo a reportagem, a empresa americana rompeu contrato com o astro brasileiro em agosto de 2020, acusando-o de não cooperar com uma investigação sobre o caso. Neymar negou assédio e disse que o rompimento com a empresa, que o patrocinava desde a adolescência, se deu por discordâncias de mercado.
“Neymar Jr e Nike encerraram o relacionamento por motivos comerciais, o que vinha sendo discutido desde 2019, nada relacionado a esses fatos noticiados. É muito estranho um caso que supostamente teria acontecido em 2016, com alegações de um funcionário da Nike, venha à tona somente nesse momento”, diz um dos trechos da nota.
O jogador afirma ainda que “ao longo desses cinco anos, nunca foi diretamente acusado e processado pela funcionária da Nike” e que, por ora, não apresentará documentos sobre a rescisão por “questões óbvias de estrito sigilo e confidencialidade”. A PLACAR, o pai e empresário de Neymar citou reclamações do Neymar sobre seus modelos de chuteira, que estariam causando suas recorrentes lesões, e atrasos de salário, foram o motivo a rescisão.
Segundo a reportagem do Wall Street Journal, uma funcionária da Nike disse a amigos e a colegas que trabalhavam com ela na empresa que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral nele no quarto em que o jogador estava hospedado, em Nova York, na madrugada de 2 de junho de 2016. A mulher, que não teve sua identidade revelada, abriu uma reclamação junto à Nike em 2018.
Ainda segundo o WSJ, no ano seguinte, a empresa começou uma investigação interna sobre o caso e decidiu não colocar mais o jogador em campanhas de marketing. A representante legal da Nike, Hilary Krane, afirmou ao veículo americano que o contrato com Neymar foi encerrado em 2020 porque o atacante não quis cooperar com a apuração e disse que a companhia não falou sobre o assunto publicamente antes porque “nenhum fato emergiu que nos permitisse falar com segurança sobre o assunto. Seria inapropriado a Nike fazer acusações sem apresentar fatos que as comprovassem”.
Segundo o jornal, durante a investigação, realizada por advogados do escritório Cooley LLP, representantes de Neymar negaram o que foi relatado pela funcionária, mas o jogador se recusou a ser entrevistado. Neymar era um dos atletas mais bem pagos pela Nike quando o contrato foi encerrado, em agosto de 2020. Cerca de duas semanas depois do rompimento, a Puma anunciou acordo de patrocínio com o jogador.
Na nota, Neymar cita outra acusação de assédio, feita pela modelo Najila Trindade, em 2019. O caso foi arquivado – tanto a denúncia de assédio por parte do atleta quanto às de caluniosa e extorsão contra Najila. Confira, abaixo, a nota do estafe de Neymar, na íntegra:
“Considerando a notícia veiculada na mídia que revela a existência de uma acusação de uma funcionária da Nike de um suposto assédio que teria sofrido em 2016 do Atleta Neymar Jr., oportunamente relatada para a Companhia, que, segundo a reportagem, não adotou providências oportunas, são necessários alguns esclarecimentos.
Transcrevemos inicialmente as informações prestadas à reportagem do Wall Street Jornal:
“Neymar Jr nega essas acusações. Semelhante às alegações de agressão sexual feitas contra ele em 2019 – alegações em que as autoridades brasileiras reconheceram a sua inocência – essas alegações são falsas. Neymar Jr, se for acionado, o que nunca aconteceu, se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados. Neymar Jr e Nike encerraram o relacionamento por motivos comerciais, o que vinha sendo discutido desde 2019, nada relacionado a esses fatos noticiados. É muito estranho um caso que supostamente teria acontecido em 2016, com alegações de um funcionário da Nike, venha à tona somente nesse momento.”
Em relação às acusações não há nada a acrescentar porque o Atleta Neymar, ao longo desses cinco anos, nunca foi diretamente acusado e processado pela funcionária da Nike.
Em relação às declarações da Nike, prestadas de forma indevida e irresponsável pela Conselheira Geral da Companhia Hilary Krane, sobre o suposto motivo de rompimento do contrato com o Atleta Neymar Jr., é importante esclarecer que os reais e verdadeiros fatos são totalmente dissociados da afirmação prestada.
Não obstante todas as inverdades relatadas, não apresentaremos, por ora, os documentos que revelam a forma de encerramento do contrato, por questões óbvias de estrito sigilo e confidencialidade, em total observância aos princípios éticos e de governança corporativa que devem nortear a conduta de uma companhia.
As medidas cabíveis já estão sendo adotadas e em breve os reais motivos poderão ser revelados e os fatos esclarecidos.
NEYMAR SPORT E MARKETING LTDA”
Fonte: Veja
Créditos: Polêmica Paraíba