A resposta do Reitor

Rubens Nóbrega

O Professor Rangel Júnior, Reitor eleito da UEPB, encaminhou ontem mensagem ao colunista respondendo e rebatendo os questionamentos, críticas e denúncias contra a sua eleição e o Reitorado Marlene Alves. O texto não cabe todo neste espaço. Trago adiante as principais respostas.

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Prezado Rubens, realmente o atraso em lhe dar retorno teve tudo a ver com a correria desta guerra infame, deste inusitado “terceiro turno”. Vamos às respostas.

• O acusador pergunta se “é democracia fazer uma eleição em quinze dias, numa Universidade com oito campi (João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Araruna, Catolé do Rocha, Patos e Lagoa Seca)?”. Resposta: é mentira! As campanhas, pela norma, começam com a publicação do Edital. O Edital foi publicado em 11/04/2012. Portanto, 45 dias antes da campanha (segue cópia).

• Pergunta se “é democracia fazer uma eleição usando as antigas urnas de cédula, cuja desculpa foi a não disponibilidade das urnas eletrônicas, mesmo todos sabendo que a solicitação foi enviada o mais tarde possível para não ser possível o atendimento?”. Resposta: é mentira! O setor competente do TRE respondeu justificando a negativa (cópia anexa). Apenas lembrando que a segurança da urna eletrônica é feita com cédula de papel. Imagine nos EUA. Vamos pedir impugnação de Obama porque não usou urna eletrônica? Santa inteligência!

• “É democracia não atender a quatro chapas de oposição solicitando ao adiamento da eleição para que fosse possível o uso de urnas eletrônicas, já que o mandato da Professora Marlene vai até o dia 12 de dezembro de 2012 e estávamos no início de maio de 2012?”. Resposta: Democracia não é atender pedidos da maioria, só porque vêm da maioria. Democracia é estado democrático de Direito, é o império da Lei. A “maioria”, no caso, as chapas de oposição, queriam levar a eleição para dentro do micro período eleitoral municipal, o que o Consuni, desde 2008, decidiu, bem fundamentado em debate, mudar e indicar o primeiro semestre como período para realização. Todos na UEPB sabiam disso. Mais ainda os candidatos.

• “É democracia exonerar o presidente da Convest, Ivan Barros, cargo extremamente técnico, na época da campanha, pelo motivo de o mesmo assumir o apoio a uma chapa de oposição?”. Ele questiona também a exoneração de uma técnica de RH responsável pelos planos de saúde. Resposta: É honesto ser assessor de uma gestão, cargo em comissão de livre nomeação da Reitora, e usar o cargo e a estrutura para fazer campanha contra? Cargo (ou função) “extremamente técnico” é aquele que exige formação específica para ser ocupado. Não nomeamos engenheiros civis para realizar cirurgias cardíacas, pois não?

• “É democracia usar todos os setores da UEPB, parando completamente a área administrativa, com intuito de todos se empenharem ao máximo para eleger o candidato da Professora Marlene?”. Resposta: Pura ilação. As atividades da Universidade não tiveram interrupção no processo eleitoral. A segunda parte é verdade: “Todos se empenharem ao máximo para eleger o candidato da Professora Marlene”.

• “É democracia aumentar o quantitativo de cargos comissionados em janeiro de 2012, ano da eleição da Reitoria, de 529 para 720, isto é, próximo de duzentas novas gratificações do tipo GAET e GAE?”. Resposta: é mentira! Não há prova alguma disto. A UEPB tem uma lacuna (prejudicial, diga-se) na sua legislação interna. Confundem-se “Cargos Comissionados” e “Funções Gratificadas”, tudo em uma só denominação. Se não sabem disto, não estão preparados para gerir a instituição. Se souberem, estão agindo de má fé. Aproximadamente 210 “Cargos Comissionados” são eletivos, dentre Chefes de Departamentos e Adjuntos, Coordenadores de Cursos e Adjuntos, Diretores de Centros e Adjuntos, Coordenadores de clínicas e laboratórios, Reitor e Vice. Outros tantos são assessores técnicos, chefes de divisões, coordenadores e diretores de setores como informática, imprensa, bibliotecas, departamentos administrativos, encarregados de setores. Outros tantos vêm substituindo mão de obra efetiva, por falta de concursos públicos, que não se podem realizar permanentemente. Em curso, a nomeação e posse de quase 300 novos e a exoneração de outros tantos comissionados que ocupavam tais vagas. Isto requer transição, treinamento etc. Eles desconhecem. Lamento!

• “Você pode perguntar: e o resultado das eleições? Penso que as perguntas que fiz representam pelo menos 30% dos votos que a chapa do Rangel obteve”. Resposta: A história não se escreve com “e se?”. A realidade diz que a Chapa 5 (Rangel Junior Reitor e Etham Barbosa Vice) obteve 51,06% dos votos válidos, excluindo-se brancos e nulos, vez que na eleição da UEPB o voto é paritário entre os segmentos. Os recursos apresentados no processo eleitoral foram todos intempestivos, ou seja, reclamaram depois de perder o jogo. Mesmo assim tiveram seu mérito analisado e julgado improcedente pelo Consuni. Essas pessoas querem gerir a UEPB, falam em democracia e transparência, mas nem percebem que não agem democraticamente nem com transparência.

• Comentário final: a pessoa (ou pessoas) que exige “transparência” esconde-se no anonimato (isso é muita transparência!) o que, por si, já é um contrassenso. Descarrega emails diários em listas enormes de membros da comunidade universitária e de jornalistas usando de práticas condenáveis, verdadeiros crimes cibernéticos, por meio de fakes e spams, alguns deles com uso indevido do nome da universidade e da Chapa 5, que concorreu às eleições da Universidade Estadual da Paraíba saindo vitoriosa nos três segmentos. Resumindo: choro de derrotados!