O cirurgião Aristávora Fernandes, que denunciou a falta de medicamentos, material cirúrgico e até de profissionais no Hospital de Trauma de João Pessoa, reafirmou todas as acusações e disse que a direção do Hospital e a Secretaria de Saúde sabem de tudo. Ele rebateu o diretor técnico da Unidade, Edivan Benevides, que disse não ter conhecimento das irregularidades denunciadas. “As autoridades responsáveis já tem conhecimento dessas irregularidades”, afirmou. “O que o diretor diz não é verdade”, completou.
O médico denunciou ainda que devido a falta de locais apropriados, pacientes que passaram por cirurgia se recuperam dentro do bloco cirúrgico enquanto outros são operados.
A reportagem do Polêmica Paraíba procurou o diretor técnico do Hospital Trauma, mas foi informada pela assessoria de imprensa que ele estava em reunião e não poderia atender. Na saída, foram encontradas quatro ambulâncias do Samu e uma da Polícia Rodoviária Federal, assim como médicos e enfermeiros do serviço de emergência parados na frente do Hospital. O motivo era que as macas das unidades estavam retidas porque não havia leitos onde os paciente pudessem ficar. Algumas estavam no local há horas. Segundo um dos profissionais, a situação é rotineira.
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Confira o áudio:
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Entrevistado nesta terça-feira (04) no Polêmica Paraíba, o secretário de Saúde do Estado Waldson de Sousa negou as irregularidades e confirmou o afastamento do cirurgião Aristávora Fernandes. Segundo o secretário, todas as reivindicações que são levadas à Secretaria ou à direção do Trauma são atendidas e as devidas providências são tomadas, caso necessário. Para ele, as denúncias feitas pelo cirurgião tem motivações políticas.
Na oportunidade, Waldson afirmou que os hospitais da Paraíba estão no limite da lotação e que principalmente o Trauma está sobrecarregado. “Infelizmente o sistema envia para o Trauma todo tipo de caso”, disse. “O Hospital melhorou e isso e fato, mas é lamentável que existem algumas pessoas que gostam quando existem denúncias negativas”, completou.
Sobre a gestão pactuada, o secretário disse que não se arrepende. Para ele, a contratação das Organizações Sociais tem sido vantajosas para o Estado.
Confira a entrevista na íntegra:
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