É inegável a preocupação do mundo com as problemáticas relacionadas à qualidade de vida do ser humano. Impressiona a socialização do prejuízo ambiental e a monopolização do lucro a partir da exploração dos recursos naturais renováveis, intensificados irresponsavelmente em anos recentes. Um meio ambiente ecologicamente equilibrado é de fundamental importância para a qualidade de vida das gerações presentes e futuras. Lamentavelmente, não pensam assim alguns gestores públicos, contribuindo, por suas ações políticas, para que aconteça um colapso do ecossistema global.
É uma temática que tem provocado aprofundados debates em razão da evidente inquietação quanto ao destino ambiental do nosso planeta. As relações do homem com a natureza têm gerado variados problemas de degradação ambiental. Há, portanto, a necessidade de que seja despertado um pensamento crítico quanto à questão ambiental. No âmbito da gestão pública o Brasil precisa fazer o seu “dever de casa”. Existe uma cobrança do mundo inteiro em relação a isso.
O Estado tem por obrigação exercer um papel fundamental como garantidor da sustentabilidade ambiental. O aumento descontrolado do desmatamento da Amazônia assusta o mundo, que exige uma ação mais enérgica do governo no enfrentamento desse grave problema. Tem causado desassossego a constatação de que a governança socioambiental no Brasil vem sendo desmontada em afronta à Constituição.
A comunidade internacional tem cobrado uma melhor política ambiental do governo brasileiro, sobretudo no que diz respeito à diminuição dos índices de destruição da Amazônia.
Líderes mundiais presentes à Cúpula do Meio Ambiente a ser realizada nesta semana nos Estados Unidos, organizada pelo presidente Biden, reivindicarão compromisso ambiental do governo federal, como condição para a oferta de investimentos internacionais para a preservação da Amazônia.
Na ausência de uma posição mais firme do governo Bolsonaro, vinte e quatro governadores encaminharam carta ao presidente dos Estados Unidos propondo “construção colaborativa de soluções em defesa da humanidade e de todas as espécies de vida ameaçadas pela degradação de ecossistemas”. É uma necessária ação política no sentido de tentar vencer as críticas internacionais pela falta de empenho do governo federal na proteção do meio ambiente.
No documento em que se formaliza a Coalizão Governadores pelo Clima, os signatários anunciam textualmente: “expressamos nossa intenção de implementar ações conjuntas, propondo a cooperação entre os Estados Unidos e os governos estaduais brasileiros, responsáveis pela maior parte da Floresta Amazônica, a mais extensa floresta tropical do mundo , e de outros biomas que, somados, abrigam a mais ampla biodiversidade já registrada e que são capazes de regular ciclos hídricos e de carbono em escala planetária. Acreditamos que é possível iniciar aqui um novo ciclo da sociedade, tornando o nosso continente mais justo, sustentável, inclusivo e próspero, para as atuais e futuras gerações. Há muito o que reparar, restaurar, curar e construir, e também há muito a inventar para a conquista de um futuro saudável e seguro”.
Os mandatários brasileiros reafirmam os princípios do Acordo de Paris e outros compromissos ambientais, defendendo parcerias com o governo norte americano no trato dessa questão. A proposta é de assumirem protagonismo nas ações que objetivem alcançar o desenvolvimento sustentável de maneira mais ampla. Os governadores se colocam em posição de vanguarda na discussão do tema objeto da reunião internacional promovida pelo presidente Biden.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba