Estratégia fundamental para identificação dos casos e bloqueio do contágio, a testagem em massa foi utilizada em diversos países que conseguiram conter a pandemia. No Brasil, porém, nunca foi utilizada da maneira correta, há dificuldade de agendamento e lentidão no diagnóstico. Na Paraíba, até o dia de ontem (20), 830 mil pessoas haviam sido testadas, equivalente a apenas 20% da população do estado, segundo dados do Lacen-PB, coletados pelo G1.
O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB) é responsável pelo processamento de parte desses testes e tem uma média diária de análise de 1,5 mil amostras do RT-PCR, exame considerado padrão ouro na detecção do vírus. O laboratório tem capacidade para processamento de até 2 mil testes por dia, segundo os dados.
As amostras são coletadas pelas secretarias municipais de saúde e enviadas para o laboratório. Para que a amostra seja viável, é preciso ser coletada entre o terceiro e sétimo dia de sintomas. A coleta adequada e o incremento no número de testagem possibilitam ainda manutenção da vigilância sobre as cepas circulantes no estado.
O Lacen mantém ainda uma parceria com os laboratórios de biologia molecular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), para onde são enviadas semanalmente 650 amostras para processamento e análise. A parceria possibilita um incremento para a o estudo das amostras e ainda mais celeridade na resposta dos resultados.
No entanto, a população reclama da demora no processamento desses testes. O resultado que deveria sair em até 3 dias, às vezes demora 10. Considerando o tempo que o vírus já estava ativo no corpo, a pessoa contaminada pode circular sem saber.
Fonte: Polêmica Paraíba e G1PB
Créditos: Polêmica Paraíba