O mundo chegou neste sábado (17) à triste marca de 3 milhões de mortes causadas pela Covid-19, em meio à piora da pandemia na América do Sul, principalmente por causa do Brasil, e também pela aceleração no número de óbitos na Ásia.
Foram 263 dias para atingir o primeiro milhão de vítimas da Covid, 108 dias para chegar aos 2 milhões de óbitos e apenas 93 dias para registrar mais um milhão de vítimas.
09/01/20: 1ª morte
28/09/20: 1 milhão de mortes (263 dias desde a 1ª morte)
14/01/21: 2 milhões (108 dias desde o 1º milhão de mortes)
17/04/21: 3 milhões: (93 dias desde os 2 milhões)
A primeira morte causada pelo novo coronavírus (um homem de 61 anos com uma “misteriosa pneumonia viral”) foi registrada oficialmente em 9 de janeiro de 2020 em Wuhan, na China, e desde então o vírus se espalhou pelo mundo.
O mundo tem registrado cerca de 11,8 mil mortes causadas pelo novo coronavírus por dia, ainda abaixo do pico de 14,4 mil atingido em 26 de janeiro deste ano.
Além disso, o mundo tem registrado uma média de quase 750 mil casos confirmados por dia (eram menos de 360 mil em 20 de fevereiro), e com isso já são quase 140 milhões de infectados pelo novo coronavírus.
Com 5,5% da população mundial, a América do Sul concentra cerca de um terço das novas vítimas do novo coronavírus atualmente. O Brasil tem cerca de 2,7% dos habitantes do mundo e é responsável por cerca de um quarto de todas as novas mortes (veja mais abaixo).
A Europa é a região mais afetada pela pandemia, com quase um milhão de mortes por Covid-19, seguida pela América do Norte e América do Sul. Os números são do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford, e da Universidade Johns Hopkins.
- Europa: 972 mil (32,3% do total de óbitos do mundo)
- América do Norte: 830 mil (27,6%)
- América do Sul: 615 mil (20,4%)
- Ásia: 461 mil (15,3%)
- África: 117 mil (3,9%)
- Oceania: 1 mil (0,03%)
Entre os dez países com mais mortes por Covid-19, 5 são da Europa (Reino Unido, Itália, França, Alemanha e Espanha), 2 são da América do Norte (EUA e México), 2 são da Ásia (Índia e Rússia) e 1 é da América do Sul (Brasil):
- Estados Unidos: 566 mil
- Brasil: 368 mil
- México: 211 mil
- Índia: 175 mil
- Reino Unido: 127 mil
- Itália: 116 mil
- Rússia: 103 mil
- França: 100 mil
- Alemanha: 79 mil
- Espanha: 76 mil
Região mais populosa do mundo, com 59,6% dos habitantes do planeta, a Ásia tem apenas 15,3% dos óbitos, mas está passando por uma aceleração no número de mortes. O número de vítimas saltou de uma média de 900 por dia no começo de março para mais de 2,3 mil atualmente.
A África tem menos de 4% das mortes por Covid-19 confirmadas e a Oceania, região menos afetada pelo vírus, tem pouco mais de 1 mil mortes desde o início da pandemia.
Apesar de serem as regiões mais afetadas (em número absolutos), Europa e América do Norte viram o número de óbitos recuarem desde o pico registrado em janeiro. Enquanto isso, a América do Sul, puxada pelo Brasil, se transformou na região na mais letal da pandemia.
O número diário de vítimas na Europa caiu de uma média de 5,6 mil por dia no fim de janeiro para cerca de 3,6 mil atualmente. O da América do Norte despencou de 4,9 mil para 1,5 mil na mesma base de comparação.
No sentido contrário, o número diário de mortes na América do Sul disparou de 1,7 mil no meio de fevereiro para mais de 4,2 mil atualmente, em apenas dois meses. O Brasil é responsável por mais de 70% dos novos óbitos registrados na região.
Com a escalada da pandemia no Brasil, a região concentra atualmente cerca de um terço das novas vítimas da Covid-19 do mundo e o país, um quarto. Sendo que a América do Sul tem apenas 5,5% da população mundial e o Brasil, cerca de 2,7%.
A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que é o braço da OMS nas Américas, alertou que a situação da pandemia na América do Sul é a que mais preocupa no mundo.
A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, afirmou na quarta-feira (14) que as Américas — não só a do Sul — não estão se comportando como um continente que vive um surto cada vez mais grave.
“Variantes altamente transmissíveis estão se espalhando e as medidas de distanciamento social não são tão estritamente observadas como antes”, afirmou Etienne.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba