Nesta terça-feira (06), no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro vai promover uma verdadeira dança das cadeiras, dando posse a sete ministros em evento durante a manhã. A cerimônia está marcada para 10h e vai oficializar as seis mudanças no ministeriado ocorridas na semana passada, além de incluir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, simbolicamente, já que seu termo de posse foi assinado no dia 23.
A cerimônia também será simbólica para o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e para André Mendonça, que deixou a Justiça e voltou para a Advocacia-Geral da União. Os dois já foram empossados oficialmente na terça-feira passada (30). Além de Queiroga, Torres e Mendonça, serão oficializados nos cargos Walter Braga Netto (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Carlos Alberto França (Relações Exteriores).
As mudanças
Na semana passada, o Governo foi pressionado a fazer mudanças no alto escalão. Na segunda-feira (29), já havia expectativa pela demissão do chanceler Ernesto Araújo, que enfrentava oposição aberta do Senado e vinha de conflitos públicos, via redes sociais, com a senadora e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO). Araújo deu lugar ao embaixador Carlos França.
A surpresa teve início com a divulgação da carta de demissão de Fernando Azevedo e Silva, então ministro da Defesa. Ele foi substituído por Walter Braga Netto, que chefiava a Casa Civil. A mudança na pasta levou também à demissão conjunta dos três comandantes das Forças Armadas, o que nunca havia ocorrido desde a redemocratização do Brasil.
No Exército, o general Edson Pujol deu espaço ao general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Na Marinha, saiu Ilques Barbosa e assumiu o almirante de esquadra Almir Garnier Santos. Na Aeronáutica, o brigadeiro Carlos Alberto Batista Júnior substituiu Antônio Carlos Moretti Bermudez.
Depois, chegaram as notícias das outras mudanças: para o lugar de Braga Netto, na Casa Civil, foi Luiz Eduardo Ramos, que estava à frente da Secretaria de Governo. O movimento de Ramos abriu espaço para que a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) fosse para a chefia da Secretaria de Governo, colocando uma representante do Centrão, muito próxima ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), despachando no Palácio do Planalto.
Então ministro da Justiça e Segurança Pública desde que Sergio Moro havia pedido demissão, André Mendonça retornou à Advocacia-Geral da União, onde esteve até substituir o ex-juiz. Ele assumiu o lugar de José Levi, que pediu exoneração.
Para o lugar de Mendonça, Bolsonaro indicou o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, que comandava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres é próximo da família do presidente e crítico de Moro.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba