Explorando fósseis no sul da Argentina, cientistas encontraram o crânio de um grande dinossauro carnívoro batizado como “aquele que causa medo”, a partir de vocábulos da língua nativa mapuche.
O Llukalkan aliocranianus tinha chifres, cerca de 5 metros de comprimento e habitava a América do Sul há 85 milhões de anos, no período Cretáceo — o último antes da extinção dos dinossauros.
Pesquisadores também encontraram fósseis de outro dinossauro carnívoro por perto, uma proximidade segundo eles incomum.
As descobertas na região da Patagônia argentina foram apresentadas na terça-feira (30/3) na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology.
Raio-x do dinossauro
Como o Tyrannosaurus rex, o Llukalkan aliocranianus tinha duas pernas e braços muito curtos, mas um tamanho médio em comparação com o gigantesco T. Rex.
O animal tinha ainda chifres curtos e dedos minúsculos. Estima-se que o Llukalkan aliocranianus pesasse entre uma e cinco toneladas, um pouco mais leve do que um elefante africano adulto.
Provavelmente era um predador temível, com mordida forte e crânio grande.
As descobertas sugerem também que o dinossauro encontrado na Patagônia tinha uma audição melhor do que outros dinossauros da família dos abelisaurídeos, o que provavelmente o tornava um melhor caçador, explicou Federico Gianechini, paleontólogo da Universidade Nacional de San Luis, na Argentina, à agência de notícias Reuters.
Perto do crânio, cientistas encontraram os restos fossilizados de um dinossauro carnívoro ligeiramente maior, chamado Viavenator exxoni.
Gianechini disse que é muito incomum encontrar dois abelisaurídeos vivendo juntos ao mesmo tempo.
“O Llukalkan era um pouco menor do que Viavenator. Se viveram juntos, certamente compartilhavam o mesmo nicho ecológico e se alimentavam das mesmas presas. Então, podem ter competido entre si e, por que não, até comido um ao outro”, disse à Reuters.
Nas últimas décadas, a Argentina revelou várias descobertas de fósseis importantes. Em 2014, foram encontrados no país os restos de um dinossauro que pesava quase o mesmo que 14 elefantes.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba