Um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta que alguns sintomas da Covid-19, como fadiga, dificuldade para respirar e dores musculares, podem persistir na pessoa em até nove meses após a infecção.
Segundo os dados da pesquisa, a fadiga e a perda do paladar ou do olfato foram os sintomas mais persistentes. Cada um deles foi sentido por 14% dos pacientes avaliados, de três a nove meses após o relato dos primeiros sintomas.
Cerca de 5% dos pacientes relataram também dores de cabeça persistentes, dificuldades respiratórias ou dores musculares e corporais. Quase 14% dos pacientes apontaram três ou mais sintomas persistentes durante as visitas de acompanhamento.
A pesquisa mostrou que os pacientes que necessitaram de cuidados hospitalares para o tratamento da doença são um pouco mais propensos a perceber esses sintomas, mas que aqueles que tiveram uma versão leve da Covid-19 também sentiram os sintomas.
O estudo avaliou 177 adultos que se recuperaram do vírus após serem tratados em sua clínica entre agosto e novembro de 2020. Desses participantes, 16 necessitaram de cuidados hospitalares, enquanto 161 foram tratados como pacientes ambulatoriais ou permaneceram assintomáticos.
Aproximadamente dois terços dos pacientes, cerca de 120, não apresentassem sintomas. Outros 16% relataram um ou dois sintomas persistentes e 14% relataram três ou mais. Fadiga persistente e perda do olfato foram os mais comuns, mas dores musculares e corporais, febre, problemas respiratórios, tosse, dor de garganta, diarreia, suores e calafrios também foram relatados.
Os pesquisadores explicam que os resultados apontam que, embora a Covid-19 possa causar doenças graves em algumas pessoas, também pode ter efeitos mais brandos, mas duradouros, em outras. Os pesquisadores disseram ainda que irão acompanhar os efeitos da doença a longo prazo, com esses participantes sendo monitorados pelos próximos dois anos.
Fonte: Polêmica Paraíba com Terra
Créditos: Polêmica Paraíba com Terra