Reportagem: História da Praça dos Três Poderes do ponto de vista dos que vivem sem poderes

O cenário é a Praça João Pessoa, também conhecida como a Praça dos Três Poderes, divide espaço com o Palácio da Redenção, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça do Estado. O local presenciou grandes debates políticos, viu relacionamentos nascerem, serviu de palco para grandes dramas e foi até cenário de grandes revoluções. Mas hoje, contamos a história daqueles que por muitos anos viveram à margem da sociedade. Daqueles que mesmo estando todos os dias no centro dos Poderes do Estado, levam ou levaram um vida privada de benefícios básicos. Uma vida anônima. Hoje vamos contar a história da praça dos sem poderes.

Os que estão nos Poderes, todos conhecemos. Mas hoje vamos falar daqueles que dia após dia estão aos pés dos poderosos: pedintes, drogados, lavadores, flanelinhas, prostitutas, cambistas e aqueles que fazem bico para ganhar o pão de cada dia. Como por exemplo, um sapateiro que há mais de cinquenta anos ocupa um banco daquela praça. Essa história vem desde os tempos mais longínquos, quando os chamados pés descalços não tinham sequer o direito de frequentar o local, sobre a vigilância de militares e separados por uma mureta com uma grade.

Anos depois, as grades que separavam os chamados pés descalços da aristocracia foram retiradas da Praça pelo então presidente, João Pessoa, na tentativa de acabar com o preconceito e a desigualdade social. As grades se foram, mas as diferenças continuam.

Para a socióloga Tereza Queiroz, a chave para a solução desses problemas não depende apenas dos governantes, mas também da sociedade que ao invés de buscar as respostas, deveria na verdade, repensar as perguntas.

A reportagem conversou também com Fernando Milanez, membro da família de João Pessoa e atualmente vereador na Capital que traduziu o drama dos “sem poderes”.

Confira o áudio:

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