mercado financeiro

Dólar fecha cotado a R$ 5,77, após STF anular condenações de Lula; turismo chega a R$ 6

O dólar fechou em forte alta de 1,7%, cotado a R$ 5,7788, nesta segunda-feira (8), depois que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

O dólar fechou em forte alta de 1,7%, cotado a R$ 5,7788, nesta segunda-feira (8), depois que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato. O valor é o maior desde 15 de maio de 2020.
Com a decisão, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível para as eleições presidenciais de 2020. A decisão de Fachin será posteriormente avaliada pelo plenário do STF.
No fim de semana, a imprensa publicou levantamento do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) segundo o qual Lula teria mais potencial de voto do que Bolsonaro.
O receio de investidores de que o governo enverede por um caminho mais populista aumentou nas últimas semanas, depois de uma série de episódios em que, para o mercado, o presidente Jair Bolsonaro agiu deixando de lado princípios de uma política econômica liberal.
Destaque para a decisão do presidente de trocar o comando da Petrobras e os alertas feitos por ele de atuação em outras estatais e setores da economia, como energia.
O dia também foi marcado pela força da moeda norte-americana no exterior em meio à alta dos rendimentos dos Treasuries (os títulos do tesouro dos EUA) e a perspectivas de aceleração da inflação.

Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 5,7846. No mês, a moeda acumula avanço de 3,11%. No ano, de 11,40% Veja mais cotações
Já a Bovespa fechou em queda de quase 4%.
O Banco Central realizou nesta segunda-feira (8) leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em junho e dezembro de 2021.

Cenário

No cenário local, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para 2021 pela nona semana seguida e também passaram prever uma alta menor do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,87% para 3,98%, acima da meta central deste ano, de 3,75%. Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,29% para 3,26% na semana passada.
O mercado financeiro também segue prevendo que o processo de alta dos juros básicos da economia, fixados pelo BC para controlar a inflação, começará em meados de março, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,10 para R$ 5,15. Para o fechamento de 2022, avançou de R$ 5,03 para R$ 5,13 por dólar.

Os mercados esperam ainda pela PEC Emergencial, que será discutida na terça-feira na Câmara, com possibilidade de ter sua admissibilidade analisada, para então ter o mérito votado em dois turnos no plenário da Casa na quarta, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: G1 GLOBO