"Uma no Cravo e Duas na Ferradura..."

Bruno Filho

No momento em que o país, num clamor de justiça poucas vezes visto,retomou o espírito patriótico adormecido há muitos anos, digamos séculos,e se satisfez quase que totalmente com o resultado do julgamento do “Mensalão”, logo em seguida, mesmo que em instâncias diferentes voltou a decepcionar-se,o que é latente entre a população que quer resultados e não entende muito bem de leis.

Se o Ministro Joaquim Barbosa virou ídolo, ganhou popularidade e notoriedade pela sua firmeza de propósitos,até por decisões que eram o anseio da maioria,outros magistrados passam a ganhar antipatia da população nas decisões que tomaram poucos dias depois.Não tenho condições e nem quero julgar mérito de nada, pois não sou jurista e seria petulante em querer discutir decisões judiciais.

Aprendi desde cedo, que decisão de justiça é para ser cumprida,mesmo que depois possa ser mudada, mas as que ganham a opinião pública com muita força, tem nova conotação e foi isso que aconteceu.Mais uma vêz,será motivo de ampla discussão e será criada uma nova novela jurídica, que aliás virou moda pela nova era que vive o nosso país,muito melhor informado.

O primeiro caso é do “bicheiro” Carlos Cachoeira, que ocupou a mídia numa novela anterior á do PT, fazendo caretas,poses,o chamado caras-e-bocas e acabou odiado por todos ou quase todos, evitou falar, deu uma de surdo e mudo e simplesmente “mangou” das autoridades.Os jornais e portais dioturnamente divulgando gravações autorizadas dos desmandos e ordens do pseudo-empresário.

Ouvimos falar em morte,compras ilícitas,”arregos”,conchavos, compras de diamantes gigantes,emplacamento de Lamborghinis,Ferraris,Jaguares e por aí vamos em frente.Sem citar conversas com políticos, até então ilibados,como o ex-senador Demostenes Torres que até foi cassado de suas funções.Eu achava que era o bastante,mas não era.

A esposa chamando o cidadão de empresário, defendendo os seus atos e tentando transformar todos nós em ignorantes e desinformados acima de tudo.Não é possível que isto esteja acontecendo.Na quinta maior e emergente economia do mundo ? Mas está,pois de uma hora para a outra o elemento foi mandado para casa,em liberdade, dito pelo meretíssimo que ele já tinha ficado muito tempo preso e não representava perigo para a sociedade.

Que decepção ! Voltamos atrás mais uma vêz ! Em seguida, surge o segundo caso, que também não me vejo apto a julgar, pois não sou jurista infelizmente.Mas tenho opinião.É o caso de Bruno, o jogador de futebol e o caso da morte da jovem Elisa.Após uma manobra jurídica dos advogados de defesa, depois de um aparato montado, o julgamento foi adiado para o mês de março.

No direito não existe a palavra “brecha”, respeito os juristas que lutam para achar caminhos e defender seus clientes, mas os juízes deveriam ser rigorosos ao analisar cada caso para não deixar a população de novo carente nas informações e soluções.Não sei se ele matou ou mandou matar a moça, o que sei é que ele deve ser julgado de uma vez por todas.

Só assim, ganharemos crédito junto ao nosso sofrido povo, constituido na sua maioria de trabalhadores honestos e que seguem os preceitos divinos de vida.Mas não é assim, montam-se aparatos televisivos, criam-se horários especiais em grandes canais de cominicação e nada se resolve.Talvez essa coluna não sirva para nada, apenas desabafar.

Sou um cidadão comum, mas ainda tenho chance de escrever o que penso, e os que não tem ? Como fazer ? engolir a seco e não conseguir digerir, apenas engolir.Não é correto que assim seja, ou então…uma solução, mantenham tudo em segredo de justiça, não instiguem, não supervalorizem para depois decepcionar.É no mínimo injusto ao extremo.

Bruno Filho, jornalista,radialista e apresentador que também quer ver soluções e não “moer” assuntos tão importantes