Os servidores da educação de Campina Grande decidiram manter a greve geral, deflagrada no dia 01 de fevereiro, em defesa da vida e já que persiste o descaso da gestão municipal sobre as reivindicações dos efetivos. Sendo assim, as atividades do ano letivo 2021 não serão iniciadas na próxima semana, ao contrário do que tem sido divulgado pela Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG).
A decisão foi tomada em nova assembleia virtual, realizada na manhã desta quinta-feira, 18, sob a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab). Com a manutenção da greve, a categoria reforçou a deliberação de que as aulas presenciais só serão retomadas quando houver vacinação em massa da população, incluindo todos os trabalhadores da educação e de que as aulas remotas só acontecerão se forem oferecidas as condições ideais para tanto.
Segundo informou o presidente do Sintab, Giovanni Freire, como resposta à pressão do sindicato, foi aprovada audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) para a próxima semana, para expor em plenário os motivos da greve. A data ainda será definida. “Aguardamos ainda resposta sobre o pedido de Tribuna Livre durante uma das seções na CMCG. A greve é forte, em defesa da vida, não iremos recuar. O governo criminalizou a categoria e não discutiu a pauta, embora toda semana o ofício seja renovado. Não somos contra o início de forma remota, o que nós cobramos é que sejam oferecidas as condições ideais para este ensino”, enfatizou.
O diretor de Política e Formação Sindical, Franklyn Ikaz, também destacou que a greve segue firme, apesar dos ataques à categoria. “A greve é legal e justa. Essa greve é pela defesa da vida. Os estados e municípios que abriram para aulas presenciais tiveram que voltar por conta do aumento de casos e consequentemente, de mortes”, comentou.
Já o diretor de Comunicação, Napoleão Maracajá, lembrou que também os prestadores de serviços são desrespeitados pela gestão. “O caso dos prestadores é muito grave, estes trabalhadores estão passando fome porque estão sem salário, são descartados em dezembro e só irão receber em abril”, afirmou.
Fonte: PB Agora
Créditos: PB Agora