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Bruno Cunha Lima diz que greve dos professores é "mesquinhez política" e vai recorrer ao MPPB

Com pouco mais de um mês na gestão, o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) enfrenta uma greve de professores municipais. Nessa quarta-feira (10), Bruno afirmou que vai acionar o Ministério Público Estadual (MPPB) para recorrer da greve. Segundo o prefeito, o movimento é político.

Durante entrevista nesta quarta-feira, o prefeito explicou, que na sua visão, a greve é descabida por vários motivos. O primeiro citado por ele é que existe diálogo entre prefeitura e sindicato, algo que segundo o prefeito, não acontece há bastante tempo. “O diálogo tem sido aberto e franco” disse Bruno.

Outro ponto questionado por Bruno é de os servidores estarem lotados na Educação. Na sua visão, Educação já vem sofrendo desde o início da pandemia do novo coronavírus e por esse motivo, a greve teria caráter político. “Trata-se, então, de mesquinhez política e tentativa de provocar instabilidade”, avaliou o prefeito.

Segundo ele, os motivos que impulsionaram a deflagração da greve são “pleitos não atendidos ao longo dos últimos quinze anos, mas que agora alguns querem uma solução quase mágica, em apenas trinta dias de governo”.

Por unanimidade, os servidores da educação de Campina Grande decidiram, no dia 1º de fevereiro, deflagrar a greve por tempo indeterminado. O acordo foi feito através de assembleia, realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), que representa a categoria. As aulas do ano letivo de 2021 em Campina Grande estão previstas para começar no dia 18 de fevereiro.

De acordo com os profissionais da educação, a greve ocorre pelo fato desses trabalhadores não terem recebido o pagamento do 14º quarto salário da Educação, de não haver o cumprimento das progressões de carreira, atrasos na recarga do cartão de passagem, gratificação ao pessoal de apoio, o retroativo de aposentados que não é pago desde 2016, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), uma melhor estrutura para o retorno das aulas presenciais na rede municipal, entre outros.

Por fim, Bruno disse que irá procurar o Ministério Público, visando buscar medidas para frear o movimento. Ele afirmou também que as aulas irão iniciar na data prevista, de forma remota, garantindo medidas de segurança para alunos, professores e trabalhadores da educação.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba