A Agência Europeia de Medicamentos recomendou o uso da vacina de Oxford contra a Covid-19 na União Europeia, nesta sexta-feira, 29. Antes do início da distribuição e aplicação das doses da vacina para os 27 países do bloco, é preciso uma autorização da Comissão Europeia.
A recomendação do uso foi feita para pessoas a partir de 18 anos de idade. A segurança e a eficácia (veja detalhes mais abaixo) da vacina de Oxford foram avaliadas em quatro ensaios com voluntários humanos, mas a EMA disse que baseou a recomendação de uso apenas em dois ensaios, feitos no Brasil e no Reino Unido. Isso porque, segundo agência, os outros dois ensaios tiveram apenas 6 casos de Covid cada entre os participantes.
Além disso, a EMA também considerou a aplicação da vacina em duas doses padrão e com a segunda dose dada de 4 a 12 semanas após a primeira. Por isso, a agência analisou os resultados envolvendo pessoas que receberam este regime de doses.
Os dados mostraram uma redução de 59,5% no número de casos sintomáticos de Covid-19 em pessoas que receberam a vacina em comparação com as pessoas que não receberam. Esse percentual representa a taxa de eficácia da vacina.
Ao todo, conforme os resultados analisados pela agência, 64 pessoas de 5.258 vacinadas tiveram Covid sintomática. No grupo não vacinado, de 5.210 pessoas, foram 154 com Covid sintomática.
Duas vacinas já foram aprovadas na União Europeia: a da Pfizer/BioNTech e a da Moderna. O imunizante de Oxford já havia sido aprovado, de forma independente, pela Hungria, que faz parte do bloco.
Outros países também já haviam concedido autorização de uso à vacina, incluindo o Brasil. Reino Unido, Argentina, Índia, México e Paquistão também concederam aprovação.
Eficácia
Os resultados da eficácia da vacina de Oxford foram publicados em dezembro na revista científica “The Lancet”. Os pesquisadores constataram que a vacina teve uma eficácia média de 70%, considerando dois dados:
- um grupo de participantes vacinados recebeu duas doses inteiras da vacina (doses padrão). Nesse grupo, a eficácia da vacina ficou em 62%
- um grupo menor também recebeu as duas doses. Mas, na primeira dose, recebeu apenas metade da quantidade do imunizante. Na segunda dose, a quantidade recebida foi a padrão (ou seja, a dose inteira). Nesse grupo, a eficácia foi de 90%.
Os cientistas não souberam explicar o motivo dessa diferença.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba