A ‘Operação Resgate’, do Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF), Subsecretarias de Inspenção do Trabalho (SIT) do Minitério da Economia, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU), resgatou, em vários estados do país, 140 trabalhadores que estavam em condições análogas à escravidão. Desse número, 11 foram resgatados em garimpos e minas de caulim na divisa entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
A operação aconteceu durante janeiro em 23 estados do Brasil. Segundo o MP, os homens trabalhavam “em buracos abertos no solo, com pouca iluminação, muito calor e pouco oxigênio”. Ainda segundo o órgão, esses trabalhadores do caulim são chamados de “homens-tatus”, e trabalhavam sem proteção nas chamadas banquetas de caulim, minério branco usado na fabricação de cerâmica, pisos, papel, tintas etc.
“Amarrados e presos por cordas em um carretel artesanal, esses trabalhadores descem as chamadas banquetas de caulim, que são buracos cavados na terra, a mais de 10 metros de profundidade. As condições são absolutamente precárias, com risco iminente de acidente, soterramento e morte”, descreveu o procurador Marcos Almeida.
Os trabalhadores sequer tinham agua potável para beber. Seus alojamentos eram de lona e plástico, e não tinham banheiros.
O procurador informou ainda que foram pagos aos 11 trabalhadores resgatados aproximadamente R$ 95 mil de indenizações por dano moral individual (cerca de R$ 8 mil a cada um), além das verbas rescisórias decorrentes da extinção do contrato de trabalho.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba