Os grandes nomes do jornalismo televisivo ostentam há anos, salários na casa das centenas de milhares, entretanto, isso pode mudar. A crise econômica não permite mais que as emissoras se deem ao luxo de manter cifras tão altas e quem deseja manter o emprego precisa se adequar às novas imposições.
O Grupo Globo, por exemplo, passou por uma reestruturação financeira ao ver seus custos desproporcionais à margem de lucro. Os âncoras das bancadas dos telejornais, que sempre foram contratados no regime de pessoa jurídica, tiveram suas carteiras de trabalho assinadas e o salário renegociado.
Em 2020, todos tiveram redução de 25% devido ao programa Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que acabou em 1º de janeiro. Não há informação oficial sobre o faturamento dos maiores medalhões da casa, mas estima-se que William Bonner, que acumula a função de âncora com a de editor-chefe do Jornal Nacional, receberia, antes da redução, entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão por mês, enquanto Renata Vasconcellos teria um salário de R$ 300 mil a R$ 500 mil.
Já os apresentadores do Fantástico, Poliana Abritta e Tadeu Schmidt, receberiam cerca de R$ 200 mil por mês cada um. Agora, somente JN e Bom Dia Brasil terão números que chamam atenção quando o assunto é contracheque. Já a massa de jornalistas que fica por trás das câmeras têm um salário médio de R$ 4 mil.
Enquanto os profissionais com salários menores devem voltar a receber o pagamento em sua totalidade a partir de janeiro de 2021, os âncoras que renegociaram os contratos permanecerão com as reduções. Quem aproveitou isso foi a CNN, que contratou diversos jornalistas insatisfeitos na Globo, como Márcio Gomes, Glória Vanique e Monalisa Perrone — lá, o teto salarial fica em torno de R$ 20 mil a R$ 30 mil.
Recentemente, César Tralli, âncora do SPTV, negou proposta da concorrente, alegando que está satisfeito na Globo. Mas não é apenas na Globo que os mega salários são coisa do passado. José Luiz Datena, um ícone do jornalismo policial, também recebeu corte e chegou a ficar meses com o ordenado.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba