A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira, 19, Matheus Calainho Cyrankam, um homem que se passava por massagista para abusar sexualmente de influenciadoras digitais.
Ele abordava as vítimas pela internet e propunha uma permuta: divulgação do trabalho em troca de serviços estéticos — prática comum no meio. No entanto, o falso massagista foi acusado de abusar sexualmente das vítimas durante os procedimentos.
Segundo a delegada Carolina Medeiros, da delegacia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, ao menos sete mulheres foram vítimas de Calainho, que foi preso ontem na casa dele, no Recreio dos Bandeirantes, bairro vizinho.
“O crime pelo qual vai responder é de violação sexual mediante fraude, com pena de dois a seis anos de reclusão. Como até o presente momento, temos sete vítimas, ele pode ser condenado até 42 anos de prisão, mas acreditamos que mais vítimas vão aparecer”, disse a delegada.
De acordo com as investigações, para que as vítimas não desconfiassem de suas verdadeiras intenções, Matheus se apresentava como homossexual ao oferecer seus serviços.
Contra o falso massagista foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.
Vítima relata abuso nas redes
Uma das vítimas que denunciou o abuso à polícia foi a influenciadora Bruna Wright, de 21 anos, que tem mais de 40 mil seguidores. No Instagram, a jovem falou sobre o caso ocorrido em dezembro para alertar outras mulheres.
De acordo com o relato, Calainho entrou em contato por e-mail através de uma suposta empresa de estética e ofereceu uma parceria. A proposta foi aceita e a sessão de massagem foi marcada no apartamento da influenciadora, na Barra da Tijuca.
Bruna estava em casa na companhia de uma amiga, o que não foi suficiente para evitar o crime. Segundo ela, após a amiga deixar o cômodo onde ocorria a massagem para tomar banho, começou o abuso.
“Ele começou a fazer massagem, comecei achar um pouco estranho, eis que olho pelo espelho, ele estava se masturbando enquanto fazia massagem em mim. Quando eu vi a situação, parti para cima dele, expulsei ele de casa, peguei a toalha e comecei a bater nele, ‘seu nojento, sai’. Ele foi embora muito rápido”, contou a jovem.
Nas mensagens trocadas para agendar o procedimento, o falso massagista chegou a recomendar que a sessão não fosse realizada no período menstrual para evitar desconforto.
De acordo ainda com o relato de Bruna, após falar sobre o abuso na internet, outras pessoas informaram que também foram contatadas pelo mesmo homem que se identificou com o nome verdadeiro: Matheus. Outras também sofreram o abuso.
“Totalmente invasivo. Subiu muito a mão, aí fiquei super nervosa, fui saindo e falei que estava desconfortável”, confessou uma mulher à Bruna que compartilhou os relatos sem identificar as mulheres.
Universa ainda não conseguiu contato com a defesa de Matheus. Segundo a polícia, ele permaneceu em silêncio após ser preso e não confessou os crimes.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba