No Brasil o preconceito é tipificado como crime. Apesar disso vivemos uma cultura preconceituosa que instiga a marginalização e a violência. Assistimos com freqüência cenas de hostilidade protagonizadas por pessoas que manifestam sua rejeição a pessoas, grupos, lugares ou tradições, por terem uma visão negativa pré-concebida deles.
O preconceituoso, em geral, é alguém com personalidade intolerante. Carrega esse sentimento negativo, no conceito apressado do que acha fora dos padrões estabelecidos pela sociedade em que vive ou da cultura em que foi formado. No entanto, apresenta-se como um moralista, reprovando e excluindo, na conformidade dos seus julgamentos, o que entende enquadrados nos princípios de moralidade.
Não deixa de ser uma manifestação de ignorância, uma visão distorcida do mundo. Todavia, há de se levar em conta, que os preconceitos são idéias resultantes de um processo de socialização. São pensamentos muitas vezes herdados de outras gerações ou da cultura em que seu caráter foi construído. Quando se adota uma postura preconceituosa se faz sem a preocupação de analisar com consciência sua atitude, porque ela nasce naturalmente, em razão dos costumes, das tradições ou da convivência. Em muitos casos os preconceitos são frutos de ensinamentos que nos foram passados em casa, na escola ou em nosso ambiente social, e os admitimos sem o cuidado de examinarmos como se originaram.
A verdade é que ninguém se reconhece um preconceituoso. Mas todo mundo tem, sem perceber, um espírito seletivo e julgador. O importante é tomar como premissa, no combate ao preconceito, o respeito à regra de que o outro tem o mesmo direito de ocupar espaços e pensar como você. Esse é, sem dúvidas, o primeiro passo para eliminar a discriminação. A partir daí começamos a desconstruir os preconceitos internalizados na nossa personalidade.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba