Movimentações

Bancada do PT no Senado define apoio a candidato nesta segunda; Pacheco e MDB estão na disputa

Senadores do partido tiveram boas impressões das conversas que tiveram com Rodrigo Pacheco; líder do MDB também pediu para conversar com representantes da legenda

O PT decidiu adiar para esta segunda-feira (11) a definição sobre quem apoiará na disputa pela presidência do Senado. Senadores do partido tiveram boas impressões das conversas que tiveram com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), mas também estão abertos a dialogar com pré-candidatos de outras legendas. Neste sábado (9), Jair Bolsonaro declarou apoio à candidatura de Pacheco.

Ainda assim, o senador Humberto Costa (PT-PE) não crê que isso seja um impedimento para o apoio do PT. “Já tivemos uma conversa com o Rodrigo e ele foi muito bem no sentido de explicar as posições dele. Disse claramente que não tem essa ligação com Bolsonaro e que, na verdade, o presidente assumiu um compromisso com o [Davi] Alcolumbre”. O atual presidente do Senado é padrinho da candidatura de Rodrigo Pacheco.

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O líder do MDB, Eduardo Braga (AM), que postula internamente a vaga com outros três emedebistas, também pediu para conversar com representantes da legenda. Entre os nomes aventados pelo partido – o dele, de Eduardo Gomes (TO), Simone Tebet (MS) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) -, Braga é o que mais agrada aos petistas.

“Até o presente momento eles não definiram  quem é o candidato. Desses, o que a gente tem um pouco mais de afinidade é o Eduardo Braga, mas não sei qual é a chance dele ganhar”, comenta Humberto Costa.

Sobre uma candidatura própria o senador afirma que “até agora ninguém levantou essa possibilidade” e  que há uma tendência do PT “ir com o Pacheco”.

Por outro lado, pondera, “já estamos apoiando na Câmara o MDB e se você tiver dois presidentes, como têm agora que são do DEM, ter dois do MDB não é uma situação razoável, mas vamos conversar”, diz.

Na outra Casa

Na Câmara, o PT fechou com Baleia Rossi (MDB-SP). Em entrevista à Folha de S. Paulo no domingo (10), o parlamentar voltou a afirmar que não houve compromisso de abertura de impeachment de Jair Bolsonaro para atrair partidos da oposição. Baleia disse ainda que um processo de destituição é uma prerrogativa do presidente da Câmara, mas que neste momento, o país precisa de estabilidade.

“Todos têm que trabalhar por uma unidade. A gente fala que a Câmara tem que ser independente, mas tem que ser harmônica. E tem que trabalhar em harmonia com o Poder Judiciário e o Executivo”, declarou ao jornal.

Pelo Twitter, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, subiu o tom e disse que o compromisso assinado por Baleia com a oposição prevê dar resposta a crimes do Executivo e que ao negar o que foi tratado e fechar essa possibilidade, o candidato “perderá votos no PT”.

O site Congresso em Foco procurou Gleisi Hoffmann para saber se a declaração significa um eventual desembarque da candidatura de Baleia e se a legenda pretende, dessa forma, lançar candidato próprio. A deputada não respondeu aos questionamentos do site.

 

Fonte: Congresso em Foco
Créditos: Polêmica Paraíba