Gabigol foi avisado pelo técnico Rogério Ceni que ficaria na reserva do Flamengo contra o Ceará, ontem (10), pelo Brasileirão, no Maracanã. Enquanto a bola rolava, o atacante ficou sem chuteiras no banco e permaneceu com o uniforme de treino até ser repreendido pelo quarto árbitro —as regras do jogo pedem que os suplentes também estejam devidamente fardados. O jogador entrou no segundo tempo, mas não pôde evitar a derrota de seu time, por 2 a 0.
A postura foi vista pelo ex-zagueiro Fábio Luciano, ídolo rubro-negro e hoje comentarista dos canais ESPN, como um recado a Ceni. “Não é o procedimento normal ir para o banco de reservas, tirar a chuteira e ficar com a camisa de treino. Tem que ficar com o uniforme, pronto para entrar em jogo. Então, acho que foi uma provocação do Gabigol à situação de ele ficar no banco. Depois, ele é cobrado pelo quarto árbitro e faz a troca”.
Esta não é a primeira vez que Gabigol causa polêmica ao ser listado como reserva. O atacante foi personagem de episódios parecidos em quase todos os lugares por onde passou: na seleção brasileira, no futebol europeu e até mesmo no próprio Flamengo ainda nesta temporada.
Sem chuteiras, Gabigol causa polêmica na Itália
A passagem do atacante pela Inter de Milão não foi nada boa. Vendido pelo Santos por 28 milhões de euros (R$ 100,6 milhões na época), o jogador chegou na Itália com status de estrela, mas tinha apenas 20 anos e precisava aguardar sua vez.
Em um jogo contra a Lazio, em maio de 2017, Gabigol ficou sem chuteiras no banco de reservas e decidiu deixar o local antes mesmo de a partida terminar. O caso ganhou muita repercussão e foi muito mal visto pelos italianos. Depois, teve de pedir desculpas, mas nunca mais jogou pela equipe.
Decepção em Quito
No início da Era Tite na Seleção Brasileira, Gabigol foi convocado para os jogos contra Colômbia e Equador pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia.
Na partida em Quito, quando o titular Gabriel Jesus apresentava cansaço, o treinador olhou para o banco de reservas e viu o atacante com a cara fechada, demonstrando clara insatisfação com sua condição, enquanto a equipe começava a reagir precocemente sob a orientação do ex-técnico do Corinthians. A postura do jogador não foi bem recebida pela comissão técnica.
Irritação após gol no Fortaleza
Nesta temporada, Gabigol também já foi reserva sob o comando do Domènec Torrent e virou notícia depois de ser acionado pelo antecessor de Rogério Ceni. Na partida contra o Fortaleza, no Maracanã, pelo primeiro turno do Brasileirão, o jogador começou no banco, entrou no decorrer do confronto, fez o gol da vitória e, ainda assim, deixou o campo irritado.
Na ocasião, aparentemente insatisfeito com a decisão do treinador, foi para o vestiário sem dar entrevistas e acompanhado pelo vice-presidente de futebol Marcos Braz.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba