Em férias em São Francisco do Sul (SC), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (22) para seus apoiadores esquecerem a eleição presidencial de 2022 caso o Congresso Nacional não aprove a lei que institua o voto impresso.
O presidente passou cerca de 25 minutos cumprimentando apoiadores, quando um deles questionou: “falta muito para chegar 2022, para apertar [o botão da urna eletrônica] de novo, presidente”?
Poucos segundos após a pergunta, Bolsonaro respondeu: “Se a gente não tiver voto impresso, pode esquecer a eleição”.
O presidente tem defendido nas últimas semanas a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição para instituir a obrigatoriedade do voto impresso.
Em março deste ano, sem apresentar provas, o presidente afirmou que houve fraude eleitoral em 2018 e que foi eleito no primeiro turno. Na ocasião, ele afirmou que tinha provas da fraude, mas nunca as apresentou.
Leia Também: De férias em SC, Bolsonaro reúne políticos, empresários e religiosos para jantar
No dia 29 de novembro, quando votou no segundo turno das eleições municipais no Rio de Janeiro, Bolsonaro voltou a sugerir, sem provas, que o voto eletrônico no país não é confiável.
Nesta terça-feira, dia em que foi preso um de seus principais aliados, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), o presidente decidiu não falar com a imprensa.
Ao ser abordado por jornalistas, perguntou qual seria o assunto a ser tratado, não respondeu a nenhuma pergunta e fez críticas à Rede Globo.
Na manhã desta terça, horas após a prisão de Crivella, o presidente fez um passeio de barco com o ministro Fábio Faria (Comunicações), com o secretário Jorge Seif (Pesca) e o apresentador Ratinho. Eles foram pescar.
Bolsonaro não usou máscara ao cumprimentar os seus apoiadores, que também não usavam o equipamento de proteção individual e se aglomeravam em torno do presidente.
Santa Catarina é um dos estados mais castigados pelo avanço da Covid-19. Ao todo, são 23.530 casos ativos da doença.
Fonte: Notícias ao minuto
Créditos: Polêmica Paraíba