Quando estamos numa zona de conforto, acostumados com a rotina, sentindo-nos seguros e protegidos, temos uma forte tendência a nos acomodarmos. Não nos encorajamos a provocar alterações na nossa vida, esperamos que o acaso nos proporcione os acontecimentos. Por puro comodismo entregamos nas mãos dos outros a nossa felicidade.
O acomodado não tem garra, raça, energia, para definir novos objetivos na vida. Para tudo coloca obstáculos, porque tem medo de ousar. Lamentável quando a pessoa se torna escrava do comodismo, encontrando dificuldades para se adaptar a novas realidades.
Outra forma de comodismo é a falta de reação a ocorrências que trazem questionamentos de ordem social. Braços cruzados, na incapacidade de direcionar os próprios caminhos, admitindo tudo sem qualquer manifestação de insatisfação ou protesto. Um imobilismo muitas vezes provocado pelo sistema político que não tem interesse em ser contestado. Não há compromisso de luta para promover mudanças.
O comodista adora facilidades. Tem mania de aceitar as coisas prontas, porque não se dispõe a construi-las. Prefere pacientemente esperar que tudo aconteça ao sabor do destino. Morre de medo dos desafios, se satisfaz com o que tem ou com a forma de viver, desprovido de qualquer sentimento de ambição ou desejo de crescimento. Ao se posicionar na situação de conformismo aumenta os vínculos de dependência a outras pessoas, grupos ou sistemas de comando. Perde a capacidade de livre arbítrio.
Para romper com o comodismo é preciso, antes de tudo, acabar com a visão míope que tem de si mesmo e do mundo em que vive. Enxergar além do que está à sua frente. Evoluir com a mudança de atitudes, saindo da passividade para as ações proativas.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão/Polêmica Paraíba