Quem nunca viu o vídeo da tal Ferrari dourada do filho do Lula?
Quem não leu algo sobre o Lulinha ser sócio da Friboi, dentre outras participações em conglomerados??
Tudo isso inundou as redes durante anos a fio e era um dos álibis perfeitos a ira mortal contra a corrupção e desvios de conduta do líder petista, que indignavam a nação!
“Lula, tão corrupto que enricou o próprio filho às custas do uso da sua influência política” blá, blá, blá…
Eis que os bastiões da moralidade elegeram Bolsonaro contra tudo isso! “Tem que mudar isso aí, talkey??”
Mas nada como um choque de realidade. Logo no começo do mandato, o “Messias”, categoricamente, falou que não hesitaria em usar de todo o poder para proteger os filhos.
E pôs em prática ipsis litteris. Fez valer o uso da máquina estatal em favor de cada um dos seus rebentos numerais, sem qualquer pudor!
“Nunca na história desse país” se viu tamanha apropriação da estrutura do Estado em interesses pessoais. E, devo reconhecer, tudo feito às claras, à vista popular, quase explicitamente… Nem houve tentativa de camuflar, escamotear a patifaria.
A última “boa nova” familiar é um relatório da Agência Brasileira de Inteligência produzido especialmente para o “menino” Flávio Bolsonaro. É a ABIN, cuja função é investigar ameaças contra o Estado brasileiro, trabalhando exatamente em favor de alguém investigado por possível crime contra o Estado! Uma verdadeira aula de contra-informação!
Mas pelo zero um vale mais. O primogênito, hoje Senador pelo Rio de Janeiro, já fez o papai trocar comando da Polícia Federal em seu estado de origem e motivou a queda do ministro Sérgio Moro, aquele outro protetor da nação, que agora trabalha na empresa dos delatores, que ele mesmo praticamente anistiou em troca da condenação de Lula. Mas deixa o juiz para depois, vamos focar nos numerais…
Carlos Bolsonaro, o zero dois conseguiu a proeza de se tornar o único vereador de Brasília. Para quem não sabe, a capital federal não tem Câmara Municipal. Mas o “Carluxo”, reeleito pelo Rio de Janeiro, passou metade do mandato anterior, full time, “servindo” ao pai em… Brasília. É dele o serviço de guarda-costas presidencial e, reza a lenda, coordenação estratégica do chamado Gabinete do ódio! Um relevante mandato para os cariocas, sem dúvidas!
Vamos na sequência… o zero três é um caso a parte de dedicação paterna. Aparentemente o mais “brucutu” dentre os “brucutus”, Eduardo Bolsonaro forçou cavar uma “boquinha” na terra do Tio Sam. Indicado na marra a Embaixador do Brasil nos EUA, mesmo sem qualquer atributo para exercer a função, só não foi aceito porque Trump deu pra trás ao saber que o zero três não sabia fritar hambúrguer, conforme apresentaram nas credenciais.
Por fim, surge o único dentre os Bolsonaro, sem qualquer cargo eletivo, por enquanto…Renan Bolsonaro, o Dom Juan do Condomínio, teve festa de inauguração da sua empresa de eventos bancada por empresa que recebeu mais de 1,4 milhões de reais dos cofres públicos. Isso, fora as reuniões que, diretamente intermediou entre parceiros de seu novíssimo e vultoso negócio com ministérios e órgãos federais. Tudo dentro da mais estrita legalidade e interesse público, claro…
Bem, se era patrimonialismo o que incomodava os guardiões nacionais, onde eles estão agora?
Se o problema era o aparelhamento do Estado em benefício próprio, ou dos seus, cadê a indignação, passeatas e panelaços?
Se a questão era o uso do público em proveito privado, qual maior exemplo que os acima citados??
Nunca foi por nenhum destes valores acima, confere?? A única corrupção que incomodava era a do PT!
Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Marcos Thomaz/Polêmica Paraíba