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Agevisa diz que vacina contra a Covid-19 é questão de saúde pública e não objeto para embate político

A vacina contra a Covid-19 é questão de saúde pública e não objeto para embate político, conforme ressaltou a diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba, Jória Viana Guerreiro.

A vacina contra a Covid-19 é questão de saúde pública e não objeto para embate político, conforme ressaltou a diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba, Jória Viana Guerreiro. O assunto foi destaque na edição desta semana do informativo radiofônico Momento Agevisa, veiculado dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110 e FM-105.5).

No momento em que o mundo vivencia o início do processo de vacinação contra a Covid-19 em vários países, assim como a preparação das demais nações para a aquisição de vacinas e de insumos, e ainda para a definição de estratégias capazes de imunizar o maior número de pessoas possíveis contra o coronavírus, Jória Guerreiro disse não fazer sentido que, no Brasil, o assunto seja desviado para o campo dos embates políticos entre o governo central e seus opositores.

Para a diretora da Agevisa/PB, tal comportamento traz sérios prejuízos para os estudos científicos que buscam respostas eficientes para salvar vidas e debelar, de forma segura e definitiva, a ameaça invisível que já matou mais de um milhão e 600 mil pessoas no mundo. “Nesse cenário, o maior prejudicado é o povo”, enfatizou.

Frente aos equívocos dos discursos que objetivam desacreditar, junto às camadas influenciáveis da sociedade brasileira, a eficácia da vacinação na proteção da vida humana, Jória Guerreiro destacou a necessidade de se reforçar junto aos paraibanos o entendimento de que a vacina (incluindo a que visa imunizar a população contra o coronavírus) é uma questão de saúde pública, e não de política. “É importante que a população não se deixe influenciar por discursos sem base científica contrários às vacinas, pois o objetivo dos mesmos passa (sem dúvida) bem longe da segurança e da saúde das pessoas”, observou.

Estudos científicos – Desde que se tomou conhecimento dos primeiros casos de Covid-19 no mundo, em dezembro de 2019, as comunidades científicas iniciaram estudos para identificar a composição do novo coronavírus e, a partir daí, definir as substâncias capazes de ajudar o organismo humano a se proteger da nova ameaça no menor espaço de tempo.

No início da pandemia, a descoberta de uma vacina eficiente parecia inalcançável (um projeto de ficção científica), e a esperança mais “pensável” pautava-se na possibilidade da chamada “imunização de rebanho”, que ocorre quando muitas pessoas ficam imunes a uma doença após serem infectadas em massa pelo vírus que a ela dá causa. Tal proteção, segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBI), é conferida, inclusive, a indivíduos não imunes, porque a exposição ao vírus é diminuída devido à queda na taxa de transmissão.

Conforme a entidade, esperar que a imunidade de rebanho acontecesse naturalmente no caso da Covid-19 seria uma atitude inconsequente e antiética, em face do grande número de casos graves e de mortes em todo o mundo, sendo a vacinação em larga escala a única estratégia capaz de alcançar a imunidade contra a doença.

Erradicação e controle de doenças – Ao longo da história, a vacinação (individual e coletiva) se firmou entre as medidas mais efetivas para prevenir doenças e evitar epidemias, sendo responsável pela erradicação de mazelas como sarampo, poliomielite e rubéola. No Brasil, desde 1973 funciona o Programa Nacional de Imunização, criado com o objetivo de normatizar a imunização em nível nacional e contribuir para a erradicação ou controle de doenças transmissíveis. O PNI faz parte das iniciativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e recebe apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o País adota um calendário de vacinação com 19 tipos de vacinas voltadas para crianças, adolescentes, gestantes, trabalhadores, pessoas com mais de 60 anos, população indígena etc. O programa, de acordo com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), trabalha com metas que incluem vacinar 90 a 95% da população, o que coloca o Brasil em posição de destaque no cenário internacional.

Na Paraíba, as campanhas de vacinação são realizadas pelo Governo, através da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, e os resultados têm sido bastante satisfatórios, o que contribui para conferir maior credibilidade à imunização por meio da vacina. E é nesses resultados que as pessoas devem se espelhar quando o assunto for vacinação contra a Covid-19.

Enquanto a vacina não chega, a orientação da Agevisa/PB é que as pessoas continuem observando e cumprindo os protocolos sanitários de prevenção à infecção pelo coronavírus. Por enquanto, de acordo com a diretora-geral Jória Guerreiro, o importante é continuar higienizando permanentemente as mãos, utilizando as máscaras de proteção respiratória e evitando aglomerações.

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria