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Paraíba vai seguir plano de vacinação do Ministério da Saúde e analisa compra de vacinas e seringas

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros a intenção é garantir a imunização o mais breve possível, independente da origem da vacina.

A Secretaria de Saúde da Paraíba conta com duas opções de planos para aplicar a vacina contra a Covid-19 na população. A pasta planeja seguir o cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS), e, no momento, considera a possibilidade de compra de doses da CoronaVac, assim como de seringas.

Conforme o secretário estadual de saúde, Geraldo Medeiros, embora a centralização do programa de vacinação seja concentrada nas ações do MS, a intenção do estado “é fornecer ao paraibano a vacina o mais breve possível, independente da sua origem”.

O calendário com as datas de aplicação das vacinas só será divulgado quando as doses chegarem à Paraíba. A previsão dele é de que a campanha de imunização comece entre a segunda semana de fevereiro e os primeiros quinze dias de março.

Mesmo sem a definição de um cronograma, a programação para a imunização tem como prioridade a aplicação das vacinas em profissionais de saúde; idosos; pessoas com doenças crônicas e com profissões com maior exposição ao público como policiais e agentes penitenciários; e populações vulneráveis como quilombolas e indígenas.

O plano estadual elaborado no estado tem cinco eixos de atuação:

  • Logística de abastecimento de insumos (vacinas e seringas) dos municípios;
  • Aquisição de câmaras de conservação para municípios prioritários;
  • Fortalecimento da cadeia de frio das gerências regionais de saúde;
  • Qualificação dos profissionais dos municípios sobre as orientações técnicas e registros da vacina;
  • Estudo de viabilidade técnica sobre a aquisição de vacinas.

O secretário de saúde da Paraíba detalhou cada fase do plano.

Primeiro eixo
Segundo Geraldo Medeiros, o Ministério da Saúde informou que vai fornecer as seringas para a campanha de vacinação. No entanto, caso o estado não receba o produto em tempo hábil ou em quantidade suficiente, a SES está preparada para a aquisição do material e também conta com estoque do insumo.

O procedimento está em andamento, mas ainda não há uma projeção de quantas unidades podem ser compradas, já que a secretaria depende de computar o que for fornecido pelo governo federal para dar andamento ao processo.

Segundo eixo
A hipótese mais viável para o estado, no momento, é a locação de ultrafreezeres para manutenção da vacina. A SES está em fase de cotação de preços para aluguel dos equipamentos. A ideia é a de que, após a pandemia, as câmaras de refrigeração não fiquem inutilizadas.

Conforme o secretário, apenas o imunizante produzido pela farmacêutica americana Pfizer precisa de refrigeração em temperaturas baixíssimas.

As demais vacinas, produzidas por outras instituições, podem ser armazenadas em geladeiras convencionais. Por isso, a SES pretende utilizar a rede estadual de imunização para dar procedimento à campanha.

Terceiro eixo
O secretário informou que o estado possui a estrutura completa para a imunização contra a Covid, já que é a mesma utilizada em outras campanhas de vacinação no estado.

Os municípios paraibanos contam com mais de mil salas de imunização, assim como equipes especializadas na ação. A campanha deve acontecer sem aglomerações, já que a chegada dos lotes vai acontecer de modo fracionado.

Quarto eixo
De acordo com Geraldo, a capacitação dos profissionais deve acontecer de forma rápida com as equipes de imunização das vigilâncias em saúde estadual e municipais.

Quinto eixo
O estado está em fase de inicial de diálogo com o Instituto Butantan para identificar se há a possibilidade de compra de alguns lotes da CoronaVac. O secretário disse, em reunião com governadores, que o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, deixou claro que a campanha será coordenada pelo Ministério da Saúde.

Por isso, as futuras ações adotadas na Paraíba vão depender do fornecimento e do tempo em que as doses da vacina cheguem ao estado.

Cuidados com a prevenção
Mesmo com previsões sobre a chegada da vacina ao estado, o secretário de saúde alertou para a manutenção de medidas preventivas à Covid-19, especialmente, durante as festas de fim de ano.

De acordo com ele, é importante manter os hábitos de usar máscaras, higienizar as mãos com álcool em gel, lavar as mãos com sabão e evitar confraternizações com aglomerações. As celebrações devem acontecer apenas com pessoas que morem na mesma casa.

  • O que se sabe sobre a vacinação contra Covid-19 no Brasil
    O presidente Jair Bolsonaro afirmou em uma rede social no último dia 7 de dezembro que, se houver a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma vacina contra a Covid-19 será oferecida de forma gratuita e não obrigatória para a população.
  • O Ministério da Saúde, após um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, informou que não há intenção de compra de doses da CoronaVac para o Brasil.
  • No dia 8 de dezembro o Governo Federal anunciou a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNtech, produzida por uma farmacêutica americana.
  • Já no dia 9 de dezembro, o MS informou que poderá haver vacinação contra a Covid-19 no Brasil ainda neste mês de dezembro, ou no início de janeiro de 2021, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização emergencial junto à Anvisa.
  • A Anvisa aprovou na quinta-feira (10) as regras para a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a Covid-19.
  • O governo de São Paulo disse, também na quinta (10), que o Instituto Butantan iniciou o envase da CoronaVac, vacina contra o coronavírus produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto. O processo corresponde a etapa final de produção da vacina.

Fonte: G1
Créditos: G1