A polêmica sobre a controversa decisão do STF, como era de se esperar, teve ampla repercussão na Câmara de João Pessoa, onde duas vereadores representam os dois extremos de segmentos que se batem em relação ao tema.
Ligadas aos movimentos sociais e com amplo apoio de entidades que defendem os direitos das minorias sexuais, a vereadora Sandra Marrocos (PSB) não apenas aplaudiu a iniciativa do Supremo, como defende que haja um maior esclarecimento nas escolas sobre a questão.
Assumidamente conversadora e representante das igrejas evangélicas mais tradicionalistas, Eliza Virgínia (PSDB) bateu duramente nas propostas da colega de incentivar a distribuição de um “kit gay” junto aos estudantes e encetou um novo embate entre as duas na Casa.
Para Sandra Marrocos (PSB), contudo, condena o “apelido”, e explica que o nome correto do material educativo é “kit não homofóbico”, pois pretende ensinar as crianças a respeitar as diferenças, bem como a sociedade a acabar com o preconceito, com a violência praticada contra o segmento homossexual, inclusive com assassinatos.
Por iniciativa de Sandra Marrocos, a Câmara de João Pessoa já começou a discutir o assunto, em sessões com os vereadores, entidades de defesa da diversidade humana e com a sociedade pessoense em geral. Sandra Marrocos disse que os homossexuais são maltratados, humilhados e sofrem todo tipo de violência por causa do preconceito. Ela disse que encaminhou requerimento aos senadores brasileiros, especialmente os da bancada paraibana – Cícero Lucena (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB) e Vitalzinho (PMDB) – para que votem favoráveis ao Projeto de Lei 122/2006 que criminaliza a homofobia, que está indo para o Senado.
Do Jornal da Paraíba