2014 já começou

Rubens Nóbrega

Pelo menos uma vez na vida você deve ter ouvido aquela história das três maiores mentiras do mundo.
São inúmeras as versões, sendo a mais aclamada aquela que forma o seguinte pódio: medalha de ouro, “Dinheiro não traz felicidade”; prata, “O trabalho engrandece o homem”; bronze, a impublicável “Vou só botar a…”.
Pois bem, no Brasil, a cada dois anos, esse ranking é alterado para incluir entre as três maiores mentiras aquele bordão dos políticos que após cada eleição garantem que de forma alguma estariam cuidando da próxima.
“Não estamos sequer pensando nisso agora”. Com ligeiras variações, assim costumam falar sobre suas expectativas ou secretas articulações voltadas para o próximo pleito.
Diante da proverbial falta de sinceridade da maioria dos nossos ‘líderes’, não admira que nenhum assuma publicamente que esteja realmente pensando, quando não se articulando, para o embate eleitoral seguinte.
Besteira! Se eles não discutem o assunto abertamente, muita gente se encarrega de falar, especular, apostar, fazer previsões e até formar chapas para a eleição seguinte.
Quer ver uma coisa? Levante a mão quem desde ontem não começou a projetar para 2014 cenários de candidaturas e composições visando à disputa pelo Governo do Estado!
Outra: alguém aí é capaz de garantir que em todas essas elucubrações nomes como Ricardo Coutinho, Cássio Cunha Lima e Veneziano Vital não têm presença assegurada na galeria de protagonistas de 2014?
“Homi, se já tem até gente ‘lançando’ Luciano pra governador…”, observou-me ontem Seu Ataíde.
“Mas qual Luciano, compadre, Luciano Agra ou Luciano Cartaxo?”, perguntaria aquela personagem da genial esquete criada por Marcelo Piancó para a vitoriosa campanha do PT.
Nesse caso, podemos imaginar que muito provavelmente o personagem assumido pelo próprio humorista responderia sem titubear: “Os dois, comadre, os dois”.


Voltando à realidade

Passada a eleição, retomemos rapidinho a pauta das necessidades e problemas do cidadão comum, vivente ou sobrevivente em João Pessoa que resiste e aguarda ansiosamente a vez de fruir o paraíso prometido para depois do 1º de janeiro de 2013.
Começo por uma denúncia-apelo de cidadã que mora em lugar da Capital ao mesmo tempo privilegiado e perigoso, além de insalubre, por conta de esgotos, fezes humanas incluídas, que correm e escorrem pelas guias e leitos de sua rua.
Refiro-me, por incrível que pareça, a uma das partes mais nobres do bairro de Miramar, aquela colada à Avenida Epitácio Pessoa, já descendo pras praias. É de lá que vem a mensagem reproduzida no tópico a seguir.
Repasso-a tal como a recebi às autoridades competentes, com antecipadas súplicas de cuidados e providências urgentes. Faço-o em nome da remetente e de todos os seus vizinhos. Vamos lá.
A quem compete…
Caro jornalista. Mais uma vez recorro à sua coluna para denunciar a falta de segurança que cidadãos decentes e pagadores de altíssimos impostos enfrentam, não só aqui na cidade de João Pessoa, como em todo o Brasil.
Moro na Rua da Aurora nº 28, próximo ao Pão de Açúcar do Miramar. É uma rua sem saída. Por estar mal iluminada e pela falta de policiamento efetivo, o final da rua, que fica próximo à mata, na lateral do supermercado, tornou-se ponto de usuários de drogas, que mesmo durante o dia e principalmente durante a noite ali se reúnem, tornando temerária até mesmo a nossa ida ao referido supermercado.
Estamos solicitando iluminação eficiente para o final da rua, mas precisamos da sua ajuda para denunciar a falta de policiamento e o descaso das autoridades. De outra vez, o senhor publicou a minha luta com os poços de visita da Cagepa, assim como o subdimensionamento da rede de esgoto da cidade, o que provoca o mar de cocô a céu aberto pelas principais vias da cidade.
Atenciosamente, Teresa Melania Veras.
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O caso merece atenções e ações imediatas da Secretaria de Segurança Pública, da Prefeitura, da Energisa e, mais uma vez, da Cagepa.
Botando Gosto Ruim
Mal o Doutor Juiz Fabiano de Moura y Moura proclamou o eleito em João Pessoa, anteontem à noite no TRE, Gosto Ruim ligou para desafiar Potinho de Veneno: “Vamos apostar como até o Carnaval do ano que vem Agra rompe com Cartaxo?”. Não sei de onde Gosto tirou essa história. De qualquer sorte, Potinho não aceitou a aposta.
“Por uma razão simples: o que vai ter de gente fazendo inferno, torcendo e até rezando pros dois romperem, se brincar é mais do que a torcida pelo rompimento de Cássio com Ricardo. O diabo é quem aposta na permanência de uma aliança com tanta gente botando gosto ruim nela, inclusive o próprio”, explicou.