O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou hoje que a instituição receberá vacinas prontas da China ainda nesta semana, e a matéria-prima para a produção da CoronaVac, até o final de novembro.
“Já receberemos vacinas nesta semana. Vamos receber já uma primeira partida de vacinas prontas da China. Também receberemos ainda neste mês um quantitativo inicial de 600 litros de matéria-prima para iniciar a produção aqui no Butantan. Tudo caminha para que rapidamente tenhamos um quantitativo de 46 milhões de doses de vacinas prontas para uso já em janeiro”, disse.
Dimas Covas participou de comissão da Câmara dos Deputados que acompanha ações relacionadas à pandemia da covid-19. A reunião hoje foi para tratar da CoronaVac, vacina em desenvolvimento pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e alvo de embates.
Em 20 de outubro, o Ministério da Saúde anunciou que compraria 46 milhões de doses da CoronaVac. Um dia depois, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e suspendeu a compra. Desde então, a situação da compra da CoronaVac pelo governo federal está indefinida. Covas ressaltou que, historicamente, o Butantan trabalha em função do SUS (Sistema Único de Saúde).
O diretor do Butantan ressaltou que a vacina precisa ser registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antes de ser distribuída e aplicada à população. O processo está em curso e depende da finalização dos estudos clínicos de fase três, em andamento, com mais de 10 mil voluntários vacinados. É preciso vacinar cerca de mais 2 mil voluntários nessa fase.
Os resultados serão associados aos dados já existentes de fase um e fase dois realizados na China, além do uso emergencial da vacina autorizado no país asiático, com mais de 60 mil pessoas vacinadas, disse Covas. Ele afirmou que o conjunto de dados aponta para a segurança do produto, baseado no vírus inativado.
Ainda não há previsão concreta para o término dos estudos clínicos e a emissão da autorização pela Anvisa.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Uol