A Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota nesta quinta-feira criticando a indicação feita pelo governo federal do militar da reserva do Exército Jorge Luiz Kormann para uma diretoria da Anvisa.
De acordo com a nota, a formação acadêmica de Kormann seria incompatível com as exigências do cargo de diretor da agência. Ele é formado pela Acadêmia Militar das Agulhas Negras (AMAN), mestrado em Ciências Militares e teria pós-graduação em administração de empresas e estudos de política e estratégia de gestão.
A diretora que ele deverá substituir se tiver a indicação aprovada é a farmacêutica Alessandra Bastos Soares. A diretoria à qual Kormann foi indicado é responsável pela avaliação de medicamentos e alimentos.
“Dessa forma, entendemos que a indicação realizada não atende às especificidades da Lei nº 9.986/2000 […] pois o indicado à diretoria não possui experiência no campo de atividade da agência reguladora, sendo essa experiência ainda mais relevante quando se considera a diretoria que ficará vaga no mês de dezembro”, diz um trecho da nota.
“Tendo em vista a atual crise de saúde mundial, os desafios enfrentados no combate à pandemia de Covid-19 e o papel crucial da Anvisa na avaliação de medicamentos e demais alternativas terapêuticas, a Univisa vê com ressalvas a indicação do senhor Jorge Luiz Kormann”, diz outro trecho do documento.
O mandato da atual diretora termina no dia 19 de dezembro deste ano.
Nos últimos dias as decisões da Anvisa passaram a atrair ainda mais atenção depois que ela suspendeu e depois voltou a autorizar os testes clínicos da CoronaVac, a vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Fonte: IG
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