"JULGAMENTO MACHISTA"

“Tentaram me calar porque sou mulher”, diz Carol Solberg

A jogadora de vôlei Carol Solberg, que sofreu uma advertência no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter gritado “Fora, Bolsonaro” em entrevista, diz que seu caso tomou proporções maiores pelo fato de ser mulher.

A jogadora de vôlei Carol Solberg, que sofreu uma advertência no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter gritado “Fora, Bolsonaro” em entrevista, diz que seu caso tomou proporções maiores pelo fato de ser mulher. A atleta afirma ainda que seu julgamento foi machista e que foi tratada como “criança” pelo presidente do tribunal, Otávio Noronha.

“Qualquer pessoa que se manifeste contra o governo vai sofrer punição. Agora, as coisas só tomaram as proporções que tomaram por eu ser mulher. É um governo muito machista. A ideia de ter alguém do sexo feminino falando mal deles é quase uma ofensa pessoal”, diz a atleta.

“Isso ficou claro no meu julgamento que, aliás, foi muito machista. Se eu fosse homem, não teriam falado comigo daquela forma. Tentaram me calar porque sou mulher”, completa.

Em seguida, Carol detalha o comportamento do presidente do STJD que não lhe agradou. “Eu me senti muito incomodada com a forma que o presidente do STJD falou comigo. Como se estivesse falando com uma criança, com a sobrinha dele, sei lá… Disse que me deu um susto, um puxão de orelhas, sabe? Sou uma mulher de 33 anos, dois filhos… O que ele está pensando? Está falando com quem?”, questiona.

A atleta atualmente tenta recorrer da advertência que levou do STJD. Os advogados da atleta consideram que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e o Regulamento das competições não possuem nada que proíba tal conduta.

A jogadora e seus advogados entendem que a advertência é uma censura e algo ilegal, já que não há nada na lei que vete um atleta de se manifestar neste sentido. Caso a atleta aceitasse a pena, o caso seria arquivado, já que a promotoria não recorreu da pena.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: REVISTA FÓRUM